Dilma critica tratamento europeu a Evo e pede Paraguai de volta ao Mercosul

Em discurso na cúpula do Mercosul, no Uruguai, a presidente Dilma Rousseff reiterou nesta sexta-feira (12) o repúdio à ação dos países da Europa que, a pedido dos Estados Unidos, vetaram o sobrevoo do presidente do Equador, Evo Morales, quando voltava de Moscou, por suspeitas de que ele teria entre os passageiros o ex-agente americano […]

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Em discurso na cúpula do Mercosul, no Uruguai, a presidente Dilma Rousseff reiterou nesta sexta-feira (12) o repúdio à ação dos países da Europa que, a pedido dos Estados Unidos, vetaram o sobrevoo do presidente do Equador, Evo Morales, quando voltava de Moscou, por suspeitas de que ele teria entre os passageiros o ex-agente americano Edward Snowden.

A suspeita era que no avião presidencial estivesse o ex-espião americano Edward Snowden, que denunciou um esquema de espionagem por parte do governo dos EUA.

“Esta região na pode deixar de manifestar o mais integral repúdio ao tratamento dispensado a um dos nossos presidentes pelos países europeus. Cada um de nós tem que defender essa posição de repúdio não só pelo Evo Morales, mas porque uma parte dos presidentes foi ofendida e foi de fato atingida”, disse Dilma.

Ela voltou a dizer que considerava que a espionagem de cidadãos latino-americanos pelos EUA “fere soberania e atinge os direitos individuais e inalienáveis de nossa população”.

Quando o caso veio à tona, a presidente já havia criticado a prática do governo americano.

Segundo ela, esse é o momento de o Mercosul “demarcar um limite”, porque o governo brasileiro, assim como os demais, “não transige com a sua soberania”.

Dilma também defendeu a reincorporação do Paraguai ao bloco. A presidente viajou ontem a Montevidéu para participar do encontro do bloco e o retorno dela para Brasília está previsto para a noite desta sexta.

Na cúpula, o Mercosul decidiu exigir explicações e um pedido público de desculpas aos países europeus que fecharam seu espaço aéreo ao avião presidencial do presidente boliviano.

Além da presidente do Brasil, participam da cúpula os presidentes dos demais países-membro: Cristina Kirchner (Argentina), José “Pepe” Mujica (Uruguai) e Nicolás Maduro (Venezuela). Também está presente o presidente da Bolívia, uma vez que ele passa a ser membro pleno do bloco.

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