Descontentes com governo, médicos convocam protestos pelo país na terça

A Fenam (Federação Nacional dos Médicos) convocou para a próxima terça-feira (8) uma paralisação dos profissionais da categoria em vários Estados, no dia que a Medida Provisória 621/13, que cria o programa Mais Médicos, será votada na Câmara dos Deputados. A convocatória foi feita nesta sexta-feira (4), no Sindicato dos Engenheiros, em São Paulo. Com […]

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A Fenam (Federação Nacional dos Médicos) convocou para a próxima terça-feira (8) uma paralisação dos profissionais da categoria em vários Estados, no dia que a Medida Provisória 621/13, que cria o programa Mais Médicos, será votada na Câmara dos Deputados. A convocatória foi feita nesta sexta-feira (4), no Sindicato dos Engenheiros, em São Paulo.

Com a paralisação, os médicos pretendem forçar o governo a rever o texto da MP que visa, entre outras questões, passar para o Ministério da Saúde a responsabilidade de emitir um registro único para os médicos intercambistas que participarão do programa; função atualmente concedida para os conselhos regionais de medicina.

“Queremos forçar essas negociações para melhorar esse projeto. Ficamos surpresos com a aprovação, pois ele traz prejuízos para a população que precisa desse atendimento”, afirmou o presidente da Fenam, Geraldo Ferreira.

Segundo Ferreira, já estão previstas paralisações em Brasília, Rio de Janeiro e em Natal (RN).

Os sindicatos de cada região serão responsáveis por mobilizar a classe médica para participar dos protestos, independentemente se o profissional atende na rede pública ou particular.

“Eles terão autonomia para decidir se terão uma paralisação de uma hora, do dia inteiro, se haverá alguma marcha ou se os profissionais usarão roupas pretas para simbolizar o luto”, afirmou Ferreira.

Inicialmente, a categoria faria uma greve, mas o fato de como a população seria impactada pesou contra a aprovação. “Não queremos que a população sofra ainda mais com a situação, pois tem pacientes que esperam de seis meses a um ano por uma consulta. O embate é entre os médicos e o governo federal. Os pacientes não podem se prejudicar com isso”, justificou o presidente da Fenam.

Caso as emendas que a classe médica deseja não sejam acrescentadas à MP, Ferreira afirmou que na quarta-feira (9) haverá uma reunião com os sindicatos para avaliar como foi a votação e decidir qual será o próximo passo da categoria. “Já temos uma audiência pública no STF (Supremo Tribunal Federal) marcada para os dias 25 e 26 para discutir sobre o programa”, adiantou.

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