Deputados planejam convocar ex-secretários de Nelsinho para investigar superfaturamento

Diante da suspeita de superfaturamento de medicamentos na gestão do ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB), deputados estaduais vão incluir a denúncia na mira da CPI da Saúde e planejam convocar ex-secretários para explicar planilhas com tomadas de preços e pregões da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), que apontam a prática da irregularidade. “A denúncia é gravíssima […]

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Diante da suspeita de superfaturamento de medicamentos na gestão do ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB), deputados estaduais vão incluir a denúncia na mira da CPI da Saúde e planejam convocar ex-secretários para explicar planilhas com tomadas de preços e pregões da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), que apontam a prática da irregularidade.

“A denúncia é gravíssima e vamos entrar a fundo nesta questão”, prometeu o deputado Amarildo Cruz (PT), um dos preponentes da CPI da Saúde. “Isso mostra incapacidade gerencial e vamos ter que ouvir os secretários”, completou o deputado Lauro Davi (PSB), também autor do requerimento para instalar a comissão.

Nos oito anos da gestão de Nelsinho, o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) e o Leandro Mazina comandaram a Sesau. O parlamentar já se colocou à disposição da Câmara Municipal e da Assembleia para esclarecer as denúncias.

Segundo planilhas da prefeitura, o superfaturamento chegou a 1.625% em comparação a medicamentos comprados na atual gestão do prefeito Alcides Bernal (PP). Nelsinho garante que seguiu a risca a lei das licitações e respeitou a norma de adquirir os produtos de acordo com a ordem do melhor preço.

“Existe uma tabela nacional de preços, portanto, não é possível tamanha diferença de valores”, frisou Lauro Davi. “Alguém terá de justificar isso”, emendou. Questionado se há empecilho para convocar ex-secretários municipais, o deputado frisou que a CPI é abrangente e não precisa restringir as oitivas a autoridades estaduais.

Santa Casa

Outra prioridade da CPI será acompanhar o atendimento na Santa Casa. “Se não pegar a Santa Casa não tem referencial nenhum, porque ela é o alicerce do setor no Estado”, justificou Lauro Davi, fazendo menção ao fato da maioria dos municípios enviar pacientes ao hospital.

Uma das estratégias para averiguar se há irregularidades na Santa Casa e na compra de medicamento em Campo Grande, segundo Lauro Davi, será por meio do estudo de repasses, despesas e auditorias já realizadas por outros órgãos nas instituições de saúde.

Para acompanhar a análise, a Assembleia irá contratar uma equipe de técnicos, incluindo um especialista em saúde pública, contador e advogados. “A Casa nos prometeu toda a estrutura para ir a fundo nas investigações doa a quem doer”, disse Amarildo.

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