Depois de ser ‘vilão’, tomate puxa queda da cesta básica em Campo Grande

Depois de seguidos aumentos, o valor da cesta básica individual em Campo Grande registrou queda, conforme pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), divulgada nesta terça-feira (7). Em abril, o valor médio da cesta ficou em R$ 271,65, uma redução de 1,71% em relação a março (R$ 276,44). Em comparação com os […]

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Depois de seguidos aumentos, o valor da cesta básica individual em Campo Grande registrou queda, conforme pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), divulgada nesta terça-feira (7). Em abril, o valor médio da cesta ficou em R$ 271,65, uma redução de 1,71% em relação a março (R$ 276,44).

Em comparação com os resultados das outras 17 capitais onde ocorre a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, a de Campo Grande permanece como uma das mais acessíveis. Entre as capitais do Centro-Oeste, é a com o menor preço.

O valor menor foi resultado na redução de nove dos treze itens pesquisados pelo Dieese. As principais quedas ocorreram no tomate (-13,73%), que registrou baixa após seguidas altas no preço, seguido pelo preço médio do açúcar (-11,69), óleo (-8,44%), arroz (-7,89%), café (-7,39%), pão francês (-6,2%), farinha de trigo (-3,68%), banana (-3,59%) e manteiga (-2,03%).

Já os aumentos foram registrados no preço médio da batata (14,42%), seguida de feijão (9,1%), leite (7,69%) e, após dois meses em queda, da carne (0,79%).

Considerado ‘vilão’ no mês de março, o preço do tomate cedeu consideravelmente, como consequência preponderante da mudança de hábitos dos consumidores, os quais promoveram substituição do produto em abril.

Na família

Em abril, o trabalhador campo-grandense comprometeu 43,55% do rendimento líquido do salário mínimo para comprar uma cesta básica individual. Em março, o percentual foi de 44,32%.

No que se refere ao tempo de trabalho necessário para adquirir a cesta, observou-se uma redução na jornada laboral em 1 hora e 33 minutos – passando de 89 horas e 42 minutos despendidos em março, para 88 horas e 09 minutos em abril.

O custo da alimentação básica de uma família considera um núcleo de quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças – que, para efeitos de cálculo, consomem como um adulto. Chega-se ao custo da cesta básica para a família multiplicando por três o valor da cesta apontado na pesquisa.

Deste modo, em abril, a família campo-grandense gastou R$ 814,95, para suprir suas necessidades alimentares – uma redução de R$ 14,37 quando é observado o custo da cesta básica de março, que foi de R$ 829,32. Mesmo com a redução, o valor em abril representou 120% do valor do salário mínimo bruto (R$ 678).

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