Denúncias abalam pré-candidatura de Nelsinho e podem mudar cenário para 2014
O ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), voltou ao centro do noticiário político nos últimos dias, durante as oitivas da CPI da Saúde na Assembleia Legislativa. O relator da CPI, presidente do PMDB e deputado estadual, Junior Mochi (PMDB), conseguiu livrar o colega de envolvimento no escândalo com a contratação do milionário programa de […]
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O ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), voltou ao centro do noticiário político nos últimos dias, durante as oitivas da CPI da Saúde na Assembleia Legislativa. O relator da CPI, presidente do PMDB e deputado estadual, Junior Mochi (PMDB), conseguiu livrar o colega de envolvimento no escândalo com a contratação do milionário programa de marcação de consultas, Gisa, que não funciona, mas não apagou a desconfiança sobre a antiga administração, que pode abalar a pré-candidatura de Nelsinho.
A oposição reagiu ao relatório, com um voto separado do deputado Amarildo Cruz (PT), que solicitou indiciamento de Nelsinho e do ex-secretário de Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM). Irritado, Nelsinho ameaçou o presidente da CPI, deputado Amarildo Cruz (PT), dizendo que revelaria denúncias contra ele. Porém, as denúncias já começam a assombrar Nelsinho, fornecendo argumentos para peemedebistas que não concordam com a indicação do nome dele para a disputa em 2014.
O vice-presidente estadual do PMDB, Esacheu Nascimento, não vê em Nelsinho o melhor nome para o partido na disputa com Delcídio do Amaral (PT) em 2014. Para ele a situação fica ainda pior com as cobranças do passivo deixado por Nelsinho na prefeitura.
“A Simone (vice-governadora Simone Tebet-PMDB) tem estatura moral, administrativa e política para fazer o enfrentamento ao Delcídio. Aí sim o PMDB concorreria em igualdade de condições. Fora disso, não vejo quadro para disputar com alguma chance. Especialmente o Nelsinho, que deixou um passivo grande, agora sendo questionado. Ele vai passar a pré-campanha se defendendo e não é uma boa opção para candidatura”, analisou.
O vice-presidente do PMDB continua questionando a escolha de Nelsinho como pré-candidato. Ele considera um equívoco o processo de escolha , visto que não contou com a participação de correligionários e aliados. “Foram feitas reuniões, mas não fizeram a coleta das manifestações. Mas, a gente sabe porque: a candidatura não tem reconhecimento das lideranças em todo o Estado”, criticou.
O vereador Zeca do PT diz acreditar que Nelsinho terá problemas para fazer a candidatura decolar. Ele cita como principal entrave os escândalos na saúde, com sucateamento de ambulâncias, compra de remédios e contratação do Gisa; e licitações feitas no “apagar das luzes”, para contratação de empresa de coleta de lixo e de transporte coletivo. “São demandas sérias e que estão vindo a tona após um ano que ele deixou a administração. Isso vai fragilizar a candidatura dele”, avaliou.
Mudança de Candidato
A pré-candidatura de Nelsinho é colocada em xeque desde que ele manifestou o interesse de suceder André Puccinelli (PMDB). Muito ligado a Simone, em consideração ao ex-senador Ramez Tebet, pai da vice-governadora, Puccinelli resistiu bastante até anunciar que Nelsinho seria o escolhido. Antes de anunciar Nelsinho, ele disse por diversas vezes, ainda nas entrelinhas, que queria uma mulher governadora.
O Midiamax apurou que a pré-candidatura de Simone, seja para o governo ou Senado, está diretamente ligada à vontade do governador André Puccinelli. A vice-governadora só desistiu de ser candidata ao governo porque acreditou na palavra do governador, que garantiu não ser candidato ao Senado. Se Puccinelli atendesse o desejo do partido, Simone ficaria mais confortável para concorrer, já que ganharia reforço na chapa. A vice-governadora não achou interessante uma chapa em que ela seria a candidata ao governo e Nelsinho Trad ao Senado.
Se Puccinelli aceitar a disputa, sobrará para Simone apenas a vaga de candidata ao Governo do Estado, já que ela declarou que não disputará vaga na Câmara Federal, Assembleia Legislativa ou de suplente de Puccinelli. No posto de suplente, ela teria de abrir mão do mandato e dar a Jerson Domingos (PMDB) o posto de governador até dezembro de 2014.
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