A demissão pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, do secretário municipal de Receita e de Governo, Gustavo Freire, do cargo de auditor fiscal da Receita o qual ocupava, gerou polêmica na Câmara de Campo Grande.

Membros da oposição do prefeito Alcides Bernal (PP) pedem a demissão imediata dos cargos que Freire ocupa na Prefeitura de Campo Grande e discursam em tom de “eu avisei”.

“A equipe já era incompleta e indicou alguém que estava em suspeição. É essa representatividade que temos em Campo Grande e ele estava uma pasta de extrema importância para nossa cidade. Isso é um constrangimento e que não foi por falta de alerta”, afirmou Carla Stephanini (PMDB).

Freire respondia a um processo na Justiça Federal de Mato Grosso do Sul por fraude na época em que atuava na cidade de Corumbá. Ele, um empresário e dois despachantes aduaneiros são acusados de receber e pagar propina para a liberação de cargas de uma refinaria de petróleo sem o pagamento de tributos ou marcação de mercadoria. O prejuízo à União ultrapassa R$ 1 milhão.

“Diga com quem tu andas e direi quem és. O prefeito deveria demitir imediatamente o secretário e não deveria, na verdade, nem ter o contratado, porque ele já sabia que tinha investigações contra ele”, criticou Airton Saraiva (DEM).

Para Paulo Siufi (PMDB), o projeto Ficha Limpa para o primeiro escalão já deveria estar sendo cumprido. “Se ele foi demitido por improbidade, que seja demitido de imediato. Sugiro que seja enviado um ofício pela Casa à prefeitura pedindo esta demissão”, finalizou.