De olho em apaixonados, lojas esperam faturar 15,7% a mais neste Dia dos Namorados

Em média, os namorados pretendem gastar R$ 114 pelo presente, valor R$ 54 menor do que o ano passado

O Dia dos Namorados é considerada a terceira melhor data para as vendas, ficando atrás apenas do Natal e do Dia das Mães. Este ano a previsão é de que sejam movimentados cerca de R$ 177 milhões na economia do Estado, 15,7% a mais do que em 2012. Cerca de 79% da população devem ir às compras.

“A retração é motivada pela conscientização da população pelo controle do endividamento. Mesmo com o aumento salarial, as pessoas estão cada vez mais controlando os gastos”, disse pesquisador José Francisco Reis. A pesquisa que levantou os dados de 13 cidades do Estado.

Dos municípios pesquisados, apenas os namorados de Dourados e Paranaíba disseram que pretendem gastar mais pelo presente. De R$ 82 em 2012 subiu para R$ 129 em 2013 o valor médio do presente em Dourados e de R$ 89 para R$ 100 em Paranaíba.

Em Campo Grande o valor médio diminui de R$ 116 em 2012, para R$ 97 este ano. Os produtos mais citados para a compra foram roupas (17%), perfumes (16%), calçados (10%) e flores (8%). Já sobre o que esperam ganhar, os entrevistados disseram preferir (15%), perfume (13%), calçados (12%), bolsas e acessórios (12%).

A frentista Jezela Silva, 28 anos, disse que ainda não sabe o que vai comprar, mas vai procurar algo que seja útil. “Eu procuro aliar qualidade e utilidade, mas ainda não escolhi”, disse. Seu namorado, Ronei Carmo, 18 anos, também frentista, disse que também está pensando em algo especial já que será a primeira vez que comemoram o Dia dos Namorados juntos.

Casados há 40 anos, os aposentados Luzia e Hélio Castro afirmaram sempre trocar presentes. “Ele é meu namoradinho”, destacou Luzia que logo deu um beijo no marido. “Para mim, qualquer lembrança agrada”, sorriu Hélio.

A forma de pagamento mais optada pelos consumidores foi à vista, já que 63% dos entrevistados disseram que preferem ficar longe das parcelas. “Esse é um bom indicador para o empresário, pois com a venda no dinheiro ou cartão de débito o risco de inadimplência é menor”, considera Thales Campos, superintendente do Instituto de Pesquisa Fecomércio (IPF) e coordenador da pesquisa.

Para 37% dos entrevistados a compra ainda terá que ser a prazo, mas em no máximo três parcelas. Outros 28% preferem comprar no cartão de crédito e apenas 0,5% dos consumidores preferem a compra por cheque.

Caseiros

De acordo com a pesquisa, este ano 40% dos namorados preferem passar a data em casa. No entanto, 19% disseram que vão a restaurantes, 12% em bares ou boates, 8% no cinema, outros 8% irão aproveitar a data em motéis e apenas 1% irá viajar.

“Eu vou aproveitar para sair, já que namoro há cinco anos, sendo que dois anos a distância. Ela virá de Camapuã me ver, mas o presente é surpresa”, brincou Rubens Vilela, 21 anos, atendente.