De malas prontas, ativista detida na Rússia embarca hoje para o Brasil
Depois de mais de três meses sob custódia das autoridades russas, a ativista brasileira Ana Paula Maciel, 31, embarca nesta sexta-feira à noite de volta ao Brasil. Ela deixa São Petersburgo às 20h (14h, em Brasília) com destino a Frankfurt (Alemanha), de onde vai depois em um voo direto para São Paulo. Outros seis colegas […]
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Depois de mais de três meses sob custódia das autoridades russas, a ativista brasileira Ana Paula Maciel, 31, embarca nesta sexta-feira à noite de volta ao Brasil.
Ela deixa São Petersburgo às 20h (14h, em Brasília) com destino a Frankfurt (Alemanha), de onde vai depois em um voo direto para São Paulo. Outros seis colegas de Ana Paula, cinco britânicos e um canadense, também deixaram a Rússia nesta sexta.
Da capital paulista, Ana Paula segue para Porto Alegre, sua cidade natal, na manhã de sábado (28). “Estou muito feliz em voltar para casa, mas ainda apreensiva porque não devolveram nosso navio”, disse por telefone, nesta sexta.
A bióloga se refere ao barco Arctic Sunrise, apreendido pelas autoridades russas em setembro, quando a brasileira e outros 29 ativistas do Greenpeace foram presos durante um protesto contra exploração de petróleo no Ártico.
Ana Paula conseguiu ontem o visto de saída da Rússia, um dia depois de receber uma anistia em relação às investigações que sofria juntamente com os colegas de ONG. Todos ficaram cerca de dois meses presos e estavam em liberdade provisória, dentro da Rússia, desde o fim de novembro.
Na semana passada, o Parlamento russo, com o apoio do presidente Vladimir Putin, aprovou uma lei anistiando 20 mil prisioneiros, medida que alcançou os ativistas do Greenpeace.
A anistia já beneficiou as duas integrantes da banda Pussy Riot condenadas a dois anos de prisão por terem gravado um vídeo em que cantam contra Putin em uma catedral ortodoxa de Moscou. Elas deixaram a cadeia anteontem.
Antes delas, Putin havia libertado o ex-magnata do petróleo Mikhail Khodorkovsky, um de seus maiores inimigos, que ficou dez anos preso. Uma das estratégias do dirigente russo ao libertar essas pessoas é melhorar a imagem externa do seu país e impedir protestos nos Jogos Olímpicos de Inverno em fevereiro, em Sochi, na costa do mar Negro.
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