Damasco insiste que Irã deve participar da convenção de Genebra

O ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem , insistiu neste domingo na necessidade de o Irã participar da conferência de paz de Genebra 2 e criticou que sua exclusão se deva a “razões políticas”. “A Síria se aferra à necessidade de que o Irã participe do encontro de Genebra porque sua exclusão não […]

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O ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem , insistiu neste domingo na necessidade de o Irã participar da conferência de paz de Genebra 2 e criticou que sua exclusão se deva a “razões políticas”.

“A Síria se aferra à necessidade de que o Irã participe do encontro de Genebra porque sua exclusão não seria lógica devido a ao grande papel regional que tem”, disse Moualem em entrevista coletiva.

O chefe da diplomacia síria reiterou que o regime de Damasco não vai a Genebra 2 para entregar o poder e que seu objetivo é “falar com todo aquele que rejeite o terrorismo e trabalhe para construir um futuro para a Síria”.

“Faremos o possível para alcançar uma solução em Genebra 2 que satisfaça o povo sírio”, acrescentou Moualem, que cobrou que parem o financiamento e que deixem de armar os terroristas na Síria, uma condição para conseguir “uma solução política”.

O Irã, um firme defensor do regime de Damasco, não figura na lista de participantes de Genebra 2 elaborada pelo mediador internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi.

Vários países ocidentais, com os Estados Unidos liderando, e a Coalizão Nacional Síria (CNFROS), principal aliança de oposição, se opõem à presença do Irã na conferência de paz.
A realização de Genebra 2, prevista para o próximo 22 de janeiro, foi adiada várias vezes para dar mais tempo de efetuar consultas, diante das reservas da oposição síria.

A CNFROS advertiu que não irá à conferência se continuarem os ataques do regime sírio contra a população civil, após os bombardeios que causaram em Aleppo mais de 500 mortos em duas semanas.

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