Cúpula Ibero-Americana identifica novas prioridades em um mundo globalizado

A identificação de novas prioridades, um novo modelo de organização e a renovação da cooperação serão temas em destaque na 23ª Cúpula Ibero-Americana, que ocorre amanhã (18) e sábado na Cidade do Panamá. Os desafios emergentes na esfera política, econômica, social e cultural, a melhoria da organização das reuniões de cúpula, a renovação da cooperação […]

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A identificação de novas prioridades, um novo modelo de organização e a renovação da cooperação serão temas em destaque na 23ª Cúpula Ibero-Americana, que ocorre amanhã (18) e sábado na Cidade do Panamá.

Os desafios emergentes na esfera política, econômica, social e cultural, a melhoria da organização das reuniões de cúpula, a renovação da cooperação ibero-americana e suas implicações no funcionamento, na organização e no financiamento da secretaria-geral vão ser debatidos no encontro, que tem como lema “O papel político, econômico, social e cultural da comunidade ibero-americana no novo contexto mundial”.

Está confirmada a presença da maioria dos líderes políticos de 19 países latino-americanos e de três países europeus (Espanha, Portugal e Andorra, que participa desde 2004), na reunião, realizada anualmente, em que o espanhol e o português são as línguas oficiais. A primeira ocorreu em 1991, em Guadalajara, no México.

Portugal estará representado pelo presidente da República, Cavaco Silva, e pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, que também têm prevista uma visita ao Canal do Panamá, uma ligação de cerca de 80 quilômetros entre os oceanos Atlântico e Pacífico, inaugurada há 100 anos e em fase de expansão.

Nos dois dias da conferência na capital panamenha – e apesar da reunião não ter como base um tratado internacional, e sim declarações de caráter político – vão ser ainda abordados os grandes desafios que enfrenta a América Latina em um mundo globalizado.

Uma comissão presidida pelo ex-presidente do Chile Ricardo Lagos destaca como prioridades o desenvolvimento de uma estratégia de comunicação destinada a fornecer maior visibilidade aos programas, iniciativas e projetos de cooperação.

No âmbito do diálogo político, devem ser abordados grandes temas de debate internacional, incluindo os da cúpula do G20 – o grupo das maiores economias mundiais -, como os problemas da segurança dos cidadãos, o crime organizado e um novo “marco conceitual e de cooperação” sobre os fluxos migratórios em nível global.

Nesse aspecto, destaca-se que a crise econômica no espaço europeu, em particular na Península Ibérica (Espanha e Portugal), tem causado o regresso de imigrantes instalados nos dois países e o aumento da emigração europeia para a América Latina.

A cooperação nas áreas econômica e social e uma proposta para alterar a frequência anual dos encontros de cúpula para períodos bianuais também vão constar da agenda. O objetivo é que seja destinado mais tempo a um “diálogo aberto e informal” entre os participantes.

As decisões adotadas formalmente devem passar a ser abordadas pelos chefes da diplomacia, com destaque para a importância das cúpulas entre a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União Europeia (UE).

Em um mundo global e interdependente, a 23ª Cúpula propõe-se a concretizar os três espaços que podem proporcionar projeção política à comunidade ibero-americana: o do conhecimento, o da tecnologia e inovação e o da cultura.

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