O evento propõe conscientizar e educar profissionais que atuam na área de manuseio e instruir sobre itens que ajudam na identificação de medicamentos falsificados

O CRF/MS em conjunto com a Interfarma realiza nesta quarta-feira o II Workshop “Combate aos Medicamentos Ilegais”, no auditório do Conselho. O evento propõe conscientizar e educar profissionais que atuam na área de manuseio, vigilância e repressão de produtos farmacêuticos, para alertar sobre os riscos da utilização de produtos falsificados e ainda instruir sobre itens que ajudam na identificação deles.

O presidente do CRF/MS, Ronaldo Abrão, explica que no caso de medicamentos falsificados, o paciente desconhece a origem, composição e dosagem do produto. “O risco é desde o não tratamento, agravamento da doença, intoxicações porque o medicamento pode ter elevada concentração do princípio ativo até a ocorrência de morte”.

Em Mato Grosso do Sul o problema ganha proporção devido à fronteira com Paraguai e Bolívia. Nestes três primeiros meses do ano já foram apreendidos 111,8 mil unidades de medicamentos ilegais em rodovias federais do Estado. Dados maiores do que o apreendido durante todo o ano de 2012, que fechou com 83 mil unidades apreendidas, segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal).

“A falsificação, contrabando e roubo de medicamento tem sido um dos crimes mais rentáveis às quadrilhas. Por isso as organizações criminosas estão se especializando nesse ramo”, alerta Abrão.

As palestras voltadas para fiscais da Vigilância Sanitária Estadual, farmacêuticos, agentes das polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar, Civil e Guarda Municipal vão mostrar a diferença entre medicamentos falsos e os verdadeiros e como os profissionais podem identificá-lo.

Para a população, o CRF/MS orienta que preste atenção à tinta reativa, conhecida como raspadinha, presente na embalagem do produto. “Ela deve existir e quando raspada com metal, tem que ter escrito ‘qualidade’ e o nome ou logomarca da indústria fabricante”.

Outro item que o paciente deve estar atento é quanto ao número do lote na caixa ser o mesmo do medicamento. “Precisa perceber também se houver alteração na cor ou precipitação do medicamento, o Conselho orienta para que o paciente não faça o uso e leve de volta na farmácia onde comprou e procure o farmacêutico para se orientar”, diz Ronaldo Abrão. “E uma vez aberta a embalagem, o produto não pode ser vendido violado”, completa.

A abertura da palestra será às 8h, com o tema “Visão Geral sobre Produtos Ilegais/Impactos ao Paciente, pela palestrante Regina Zamith. Serão temas do workshop: Perfil de Apreensões de Medicamentos Falsificados, ministrado pela PRF e Identificação de Medicamentos Falsificados.

A programação se estende até às18h e a entrada é gratuita. O Conselho de Farmácia fica na rua Rodolfo José Pinho, 66, no Jardim São Bento.