CREA discute modelos sustentáveis de produção, uso e ocupação das cidades

Novos modelos de urbanização e formas de minimizar os problemas ambientais foram alguns dos pontos discutidos nesta quinta-feira (16) durante a palestra sobre o Programa Nacional em Cidades Sustentáveis – Brasil+20, nesta quinta-feira (16),no CREA-MS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) . A diretora de gestão ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Silmara Vieira da Silva, que ministrou a conferencia diz que o objetivo da discussão é apontar novos modelos sustentáveis de produção, uso e ocupação das cidades.
Segundo ela, o grande objetivo do programa é envolver uma significativa campanha de sensibilização e mobilização de prefeitos, gestores municipais, representações sociais e população em um grande movimento nacional pela sustentabilidade, com uma política muito clara de impedimento, de frenagem no processo de insustentabilidade.
“A ideia é promover novos modelos tecnológicos, novas formas de construção, do uso do espaço já edificado. São condições que minimizam o impacto negativo que essas cidades vêm vivendo neste crescimento desordenado”, explica.
Para facilitar a aplicação do programa, as cidades são divididas em três grandes grupos. As de alta complexidade, que são as cidades de grande porte, a maior no Brasil é São Paulo. As de média complexidade, Campo Grande se encontra nesta categoria. E as de menor complexidade – cidades de menor porte populacional, portanto de maior possibilidade de superação de problemas. Porém, com menos recursos financeiros.
Vieira explica que nas cidades mais complexas, intervenções sustentáveis e novos modelos vão ajudar a mitigar os problemas, mas solucioná-los em curto ou médio prazo é quase impossível. E mesmo em longo prazo é preciso altos investimentos para recuperar o que já foi degradado.
Por isso, segundo ela, o fundamental é conscientizara população para que entenda como a cidade funciona e como as intervenções acarretam diretamente na vida delas. Pois, a partir deste entendimento a população vai cobrar mais dos gestores, vai agir de forma mais sustentável e evitar que novos problemas sejam desenvolvidos.