CPI do Câncer realiza primeira oitiva nesta segunda com o Conselho de Saúde

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga irregularidades na aplicação de recursos públicos nos Hospitais do Câncer e Universitário realiza, às 9 horas desta segunda-feira (20), a primeira oitiva com integrantes do Conselho Municipal de Saúde. “As denúncias são graves e precisamos de uma atuação que traga resultados. Vamos fazer um trabalho paralelo ao […]

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A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga irregularidades na aplicação de recursos públicos nos Hospitais do Câncer e Universitário realiza, às 9 horas desta segunda-feira (20), a primeira oitiva com integrantes do Conselho Municipal de Saúde.

“As denúncias são graves e precisamos de uma atuação que traga resultados. Vamos fazer um trabalho paralelo ao que as demais instituições já vêm fazendo, mas não podemos esquecer que as ações já realizadas até agora, que já produziram documentos importantes, vão nos dar subsídios para que possamos agregar valores nas conduções dos trabalhos dessa CPI”, avaliou o vereador Flávio César (PTdoB), que preside a comissão.

Segundo ele, ouvir o Conselho de Saúde vai ajudar a assimilar a complexidade dos trabalhos para, depois, estabelecer novas convocações para as próximas oitivas.

Integrante da CPI, o vereador Alex do PT quer desvendar os responsáveis pela privatização do atendimento em radioterapia. “Queremos saber por que os equipamentos foram rejeitados e descobrir quem foram os responsáveis pela decisão”, disse.

Com a cedência dos aparelhos de radioterapia da rede pública ao Hospital do Câncer, começou a privatização do atendimento e a Neorad passou a terceirizar o serviço e supostamente superfaturar o tratamento.

O esquema começou a ser montado graças a uma decisão de 2008 da CIB (Comissão Intergestora Bipartite), comandada pela secretária estadual, secretário municipal, representantes de hospitais e pelo Conselho Municipal e Estadual de Saúde.

Na época, a CIB determinou que o Hospital Regional abandonasse de vez o atendimento de radioterapia e o serviço ficou centralizado no Hospital do Câncer e no Hospital Universitário, com direção de Adalberto Siufi, apontado pelo MPF (Ministério Público Federal) como mentor do esquema de desvio de verba.

Para o governador André Puccinelli (PMDB), a responsabilidade é dos gestores municipais. Por outro lado, o ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB) informou que a decisão foi compartilhada com o Estado.

Depois da oitiva, os vereadores irão definir, até sexta-feira (24), quatro técnicos para auxiliar nos trabalhos: um especialista em saúde pública, uma secretária, um auditor e um profissional da área jurídica com conhecimento em direito constitucional e administrativo.

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