Corumbá vai sediar na sexta-feira e sábado, dias 28 e 29 de junho, a oitava edição do Festival Estadual Nossa Arte, promovido pela Federação das Apaes de Mato Grosso do Sul. O evento, no anfiteatro Salomão Baruki, mostra o trabalho artístico desenvolvido pelas Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) de vários municípios do Estado.

O festival conta com apresentações de dança, música, folclore, artes cênicas, artesanato, artes visuais, artes literárias e concurso de cartazes. A edição de Corumbá terá representantes das Apaes de 34 cidades sul-mato-grossenses e será uma seletiva para a nona edição do “Festival Nacional Nossa Arte”, que acontecerá entre os dias 14 e 18 de novembro, na cidade de São Luís, no Maranhão.

A iniciativa tem como objetivo promover a inclusão da pessoa com deficiência intelectual e múltipla, assegurando a divulgação de talentos, de empenho e superação a toda sociedade. “Queremos mostrar para a sociedade o potencial que as pessoas com deficiência têm. Ser diferente é normal, embora tenhamos muito preconceito ainda. A cada dia que passa temos de nos superar para que possamos mostrar à sociedade as qualidades e potencialidades que as pessoas com deficiência têm, limitados somos nós”, disse o professor e assessor administrativo da Federação das Apaes de MS, Erisvaldo de Andrade.

Virão a Corumbá, para o oitavo Festival Estadual Nossa Arte, representação de cidades como Campo Grande; Miranda; Sidrolândia; Guia Lopes da Laguna, Bela Vista, Antônio João, Caarapó, Ivinhema, Aparecida do Taboado, Água Clara, Alcinópolis, Cassilândia e Costa Rica. Na sexta-feira, o Festival terá a abertura às 19 horas. No sábado, dia 29, será das 08h ao meio-dia.

O professor contou que o trabalho desenvolvido por toda a rede da Apae é fundamental para a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência. “Trabalhamos não só a parte educacional, oferecemos apoio às famílias, assistência social e a saúde. Temos um rol multidisciplinar com profissionais capacitados e habilitados para trabalhar com pessoas com deficiência. A cada ano nos reciclamos e oferecemos um trabalho de estudo para qualificar cada vez mais nossos profissionais”, disse. Hoje a Apae atende 4.750 pessoas sem limitação de idade.

Ele destacou que a inserção no mercado de trabalho é possível, só que em Mato Grosso do Sul isso ainda é incipiente. “É pequeno ainda [o ingresso no mercado de trabalho]. Nossas empresas ainda estão aquém do que esperamos delas. Precisamos divulgar nosso trabalho, temos apoio do Ministério do Trabalho. Hoje, temos uma média 300 inseridos no mercado de trabalho na rede apaeana de Mato Grosso do Sul. É muito aquém ara 4.750 pessoas, temos muito potencia”, completou.