Copa do Mundo também ajuda o futebol americano do Brasil

No coração de todos os debates sobre eventos esportivos modernos está o legado, e um beneficiário pouco provável da Copa do Mundo do ano que vem será o futebol americano do Brasil. O Cuiabá Arsenal Football, assim como para as 12 cidades que vão sediar o evento e melhorar seus sistemas de transporte, aeroportos e […]

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No coração de todos os debates sobre eventos esportivos modernos está o legado, e um beneficiário pouco provável da Copa do Mundo do ano que vem será o futebol americano do Brasil.

O Cuiabá Arsenal Football, assim como para as 12 cidades que vão sediar o evento e melhorar seus sistemas de transporte, aeroportos e estádios, espera dividir os lucros conquistados pela sua cidade.

Paulo César, um advogado de 32 anos, não poderia estar mais feliz.

Enquanto a maioria dos garotos brasileiros sonham em ser Pelé ou Ronaldo e conquistar uma Copa do Mundo, os heróis esportivos dele jogam com uma bola diferente e marcam “touchdowns” (as pontuações do futebol americano), não gols.

Agora, o seu time pode se beneficiar da Copa do Mundo quando trocar de casa, do seu estádio modesto para o de Cuiabá para a Copa do Mundo, a Arena Pantanal.

Apesar do time levar o nome de um dos clubes mais famosos do mundo, não há nenhuma ligação com o Arsenal que lidera o Campeonato Inglês.

“Não, não temos nada a ver com eles. Na verdade, nunca ouvi falar deles, a princípio”, disse César a Reuters nas obras da Arena Pantanal.

“Nosso clube leva esse nome por causa do forte construído em Cuiabá para conter o arsenal de armas que defendiam a cidade durante a Guerra do Paraguai, nos anos 1860, e que ainda está de pé”.

Como seus xarás, um dos clubes ingleses mais bem sucedidos, Cuiabá Arsenal teve bastante sucesso na sua curta existência.

CAMPEÃO NACIONAL

Fundado em 2006, o time foi bicampeão brasileiro, em 2010 e em 2012. Seis dos seus jogadores foram para o futebol universitário dos Estados Unidos e o Cuiabá Arsenal costuma atrair cerca de 4,5 mil pessoas para suas partidas amadoras.

César acredita que é irônico que um dos legados da Copa do Mundo será melhorar o futebol americano na cidade e no estado de Mato Grosso.

“Deve mudar completamente o clube, e estimamos que talvez 10 mil ou 12 mil pessoas vão assistir às nossas partidas, e talvez mais, porque o futebol americano está crescendo no Brasil”.

“Nosso objetivo é transformar a Arena Pantanal em uma fortaleza. Queremos que os outros times tenham medo de nos enfrentar aqui. Claro que o estádio vai ajudar os clubes locais, mas também vai nos beneficiar”.

Maurício Guimarães, o secretário estadual de Mato Grosso responsável pela Copa do Mundo, acredita que há muito para os dois esportes dividirem com a existência da Arena Pantanal.

“O estádio, como em outros lugares, vai servir de catalisador para a cidade, ajudá-la a crescer, mas, diferente de outros lugares, aqui vai ter um impacto no futebol americano também”.

“Ninguém se incomoda com isso aqui. Na verdade, é excitante. Quando Cuiabá foi campeão nacional, foi uma grande honra para nós, e se pudermos fazer alguma coisa para ajudá-los, faremos”.

A Fifa, entidade que administra o futebol, parece que não tem problemas com o futebol americano. Ela ajudou a promover um vídeo do Cuiabá Arsenal no seu próprio site no começo do ano.

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