Rayfran das Neves Sales, assassino confesso da missionária americana Dorothy Stang, deixou na manhã desta terça-feira o Centro de Progressão Penitenciária de Belém, no Pará. Preso há oito anos, ele progrediu do regime semiaberto para o regime aberto e vai dormir em casa nesta noite.

Condenado a 27 anos de prisão após confessar ter disparado seis tiros à queima-roupa na missionária, em 2005, Rayfran passou três anos no Centro de Progressão Penitenciária de Belém. Diariamente, ele saía do local para trabalhar como carregador no setor de produção da Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), e voltava à noite para dormir.

Agora, Rayfran tem dois meses para comprovar à Justiça que está trabalhando, além de não poder frequentar bares e festas. “Ele tem que estar em casa já às 22h. O juiz decidiu que não seria albergado, por isso Rayfran foi para casa”, explica o advogado dele, Raimundo Pereira Cavalcante. Segundo o defensor, Rayfran teve progressões rápidas porque sempre estudou e trabalhou durante o período em que esteve preso.

Cavalcante espera conseguir o mesmo benefício para Vitalmiro Bastos de Moura, condenado a 30 anos de cadeia por ser um dos mandantes da morte de Dorothy Stang. Hoje, Vitalmiro está em regime semiaberto.