Comportamento dos preços dos alimentos dita perda de ritmo da inflação
O comportamento dos preços dos alimentos está ditando a perda de ritmo da inflação. A primeira prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) em maio desacelerou para 0,03%, após avanço de 0,42% em igual período do mês anterior. No atacado, o quadro chega à deflação, de 0,17%. A principal influência para o resultado […]
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O comportamento dos preços dos alimentos está ditando a perda de ritmo da inflação. A primeira prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) em maio desacelerou para 0,03%, após avanço de 0,42% em igual período do mês anterior. No atacado, o quadro chega à deflação, de 0,17%.
A principal influência para o resultado partiu da queda dos preços dos produtos agropecuários, de 2,23%. Ficaram mais baratos, por exemplo, o milho (-5,35%), as aves (-7,93%) e o trigo (-2,13%), destaques de queda de preço no produtor. Como consequência, as rações (-5,99%), que utilizam grãos como insumo, lideram as quedas entre os bens intermediários. No grupo de bens finais, sobressaiu a variação de preços das aves abatidas e frigorificadas (-2,09%), carnes suínas (-7,72%), açúcar refinado (-3,71%) e tomate (-28,04%).
A queda de preços dos alimentos no atacado, entretanto, não é generalizada. Os processados continuam acelerando, tendo passado de 0,10%, na primeira prévia de abril, para 0,70%, em maio. Nesse caso, o principal responsável foi o leite e seus derivados A inflação do leite industrializado passou de 1,66% para 7,16% e o creme de leite ficou 3,37% mais caro. Os preços seguem a tendência de alta nesse período de entressafra, que deve durar até junho.
Ainda assim, a expectativa para o atacado é de continuidade do processo de desaceleração até o fim do mês. “A tendência das commodities é cair um pouco menos, o que já provoca aceleração do indicador. Em compensação, os in natura devem continuar a recuar. É uma queda de braço”, disse o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) André Braz.
Deflações no atacado, que vinham aparecendo em indicadores passados, já têm reflexo no varejo. Para o consumidor final, a inflação dos alimentos passou de 0,84% para 0,07%, influenciada pelos in natura (de 7,18% para -6,61%). Mesmo o tomate, até então identificado como o principal motivo da alta da inflação nos meses passados, está com o preço em queda, tendo registrado taxa de -22,86% em maio, após avançar 9,53% em abril.
Apesar da contribuição dos alimentos para conter os indicadores de preço, “o mercado ainda está bastante pessimista, achando que a taxa em 12 meses está muito próxima do teto da meta”, avaliou o economista-chefe da corretora Gradual Investimentos, André Perfeito.
Pela primeira prévia do IGP-M em maio, a inflação no varejo em 12 meses está em 5,94%. No ano, alta acumulada é de 2,94%.
O economista aposta na revisão da taxa básica de juros pelo Banco Central em 0,25 ponto porcentual. Mas, em sua opinião, esse não poderá ser o principal instrumento de contenção dos preços neste ano. Em vez da Selic, a melhor alternativa seria reduzir os juros por outros canais, como por meio do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, segundo Perfeito. “O governo teria que utilizar medidas macroprudenciais mais ativas”, afirmou.
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