Comissão da Verdade dos Jornalistas analisará 24 casos de profissionais mortos pela ditadura
“O direito à informação foi violentado de forma brutal, na ditadura, com prisões, empastelamento de jornais, exílio e a morte de muitos companheiros jornalistas”, disse nesta segunda-feira (25/2) a representante da Comissão da Verdade, Memória e Justiça dos Jornalistas organizada pela Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), Rose Nogueira, após assinar termo de cooperação com…
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“O direito à informação foi violentado de forma brutal, na ditadura, com prisões, empastelamento de jornais, exílio e a morte de muitos companheiros jornalistas”, disse nesta segunda-feira (25/2) a representante da Comissão da Verdade, Memória e Justiça dos Jornalistas organizada pela Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), Rose Nogueira, após assinar termo de cooperação com a CNV (Comissão Nacional da Verdade).
A representante da Comissão da Verdade dos Jornalistas disse que, inicialmente, a comissão fez um levantamento de 16 jornalistas mortos pela ditadura civil militar, mas a apuração será ampliada com os novos dados. “Recebemos informações de outras investigações que apontam 24 jornalistas”, revelou.
Questionada se o número poderia ser maior, Nogueira disse que a comissão vai estudar caso a caso e que espera que “os familiares e os jornalistas perseguidos contem as suas histórias”.
A jornalista defendeu ainda a importância de as diferentes categorias profissionais criarem as suas comissões da verdade. “As categorias que foram perseguidas devem levantar as informações. Precisamos contribuir com a Comissão [Nacional] da Verdade para apurar as denúncias e restabelecer a verdade dos fatos”, conclamou.
A Comissão da Verdade dos Jornalistas deve apurar as perseguições sofridas pelos profissionais de comunicação, a censura aos veículos e eventuais colaborações dos meios de comunicação com a ditadura. “A ideia nossa é examinar tudo o que diz respeito à imprensa neste sentido. Tudo o que a gente tiver de maneira comprovada, a comissão vai colocar no relatório”, completou.
Convênios de parceria entre CNV e instituições
Além da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), a CNV assinou nesta segunda-feira (25/2) termos de cooperação com a Anpuh (Associação Nacional de História), com o Conpedi (Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito) e com o Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro. “Estamos compartilhando nossa metodologia, nossa estratégia com uma ampla gama de comissões da verdade já criadas, algumas em criação e outros grupos que estão em processo de criação de suas comissões”, disse o coordenador da CNV, Paulo Sérgio Pinheiro.
Pinheiro disse que os convênios assinados firmam parcerias de colaboração e troca de informações. “São acordos de cooperação e basicamente põem à serviço dessas instituições nossas competências, como por exemplo, o acesso aos arquivos e eventuais convocações para depoimentos,” disse.
Recentemente, a Comissão Nacional da Verdade recebeu da Petrobras mais de 400 rolos de microfilmes, além de microfichas e documentos textuais. O material, de acordo com a CNV, ajudará a entender como o regime militar monitorava os trabalhadores da empresa.
O coordenador da CNV estima que até o momento a comissão examinou “por baixo” cerca de 30 milhões de páginas de documentos e que fez centenas de entrevistas. Pinheiro disse que, em função do volume de informações, a CNV deve continuar pesquisando até o final de 2013, quando a comissão deverá ter o esqueleto do relatório final em mãos. “O relatório tem que estar nas mãos da presidenta da República até dia 16 de maio. Em princípio, acordamos entre nós que até dezembro a grande minuta do relatório tem que estar pronta”, disse.
Os levantamentos feitos pela CNV estimam que 50 mil pessoas foram, de alguma forma, afetadas e tiveram direitos violados pela repressão durante a Ditadura Militar. O número inclui presos, exilados, torturados, mas também familiares que perderam algum parente nas ações durante o período de 1964 a 1988, além de pessoas que sofreram algum tipo de perseguição.
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