Números divulgados pelo Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) apontam que o município de Dourados possuía em dezembro passado, 114.478 veículos registrados. Do total, 51,8 mil são automóveis e 27,8 mil motocicletas e boa parte deles trafegam pelas ruas e avenidas da cidade diariamente.

Como polo regional, o município ainda recebe em média, entre 20 mil e 25 mil veículos de outras cidades todos os dias. A quantia, somada ao fluxo de caminhões e ônibus, já é suficiente para a formação de alguns pontos de congestionamento nos horários de pico, deixando algumas pessoas insatisfeitas.

“O trânsito se transformou em algo perigoso e infernal em Dourados. Muitos não respeitam as sinalizações e acabam ‘trancando’ vias e parando em fila dupla, principalmente nas ruas mais estreitas. Está cada vez mais difícil andar por aqui”, afirmou João Eudes, 34.

De acordo com o gerente regional do Detran em Dourados, Aparecido Dias Duarte, o aumento do fluxo deve ser considerado normal pela quantidade de serviços que a cidade possui.

Na opinião dele, o que falta, em muitos casos, é o respeito por parte de motoristas e motociclistas. (No ano passado, o Dourados News realizou uma enquete sobre o comportamento do douradense no trânsito, veja aqui o resultado).

“Hoje, Dourados recebe muitas pessoas da região em busca de atendimento médico, variedades no comércio, universidades e outros segmentos que uma cidade polo possui. O que falta às vezes, são os motoristas se atentarem à sinalização. Trafegar pelas faixas de rolamento correta e sempre utilizando a direção defensiva”, disse.

Nas vias mais estreitas, congestionamentos se tornam cada vez maiores

A presença de pessoas de outros municípios é visível na placa dos veículos que circulam pelas vias. Um exemplo é o motorista Antônio Silvestre, morador em Itaporã. Como vem sempre a Dourados para negócios, acredita que a paciência é fundamental para transitar com segurança.

“Venho sempre aqui e considero o trânsito bastante agitado, principalmente nos momentos de pico, mas tenho paciência, isso é o que importa para não ficar nervoso dentro do carro”, contou.

Outro aspecto que contribui para o acúmulo de veículos nas ruas são as bicicletas – mais de 100 mil. Por ser uma cidade plana, as pessoas utilizam bastante esse meio de transporte para se locomover, dividindo espaços com carros e motos.

“É bastante perigoso. Ando por vários locais, mas na região central é bastante agitado, em qualquer horário”, contou a doméstica Sônia Maria Vilhalva.

Na principal avenida de Dourados, a Marcelino Pires, ciclistas dividem espaço com os carros