Com milho no ponto de colheita, geada quase não deve afetar lavouras em MS

Mesmo com 71,8% dos seus 1,421 milhão de hectares plantados com milho safrinha no ciclo 2012/2013 em Mato Grosso do Sul, ainda não colhidos, as geadas registradas nos últimos dias em algumas das principais regiões produtoras do Estado quase não devem afetar as lavouras. A avaliação é do engenheiro agrônomo Leonardo Carlotto Portalete, que é […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Mesmo com 71,8% dos seus 1,421 milhão de hectares plantados com milho safrinha no ciclo 2012/2013 em Mato Grosso do Sul, ainda não colhidos, as geadas registradas nos últimos dias em algumas das principais regiões produtoras do Estado quase não devem afetar as lavouras.

A avaliação é do engenheiro agrônomo Leonardo Carlotto Portalete, que é analista da Federação de Agricultura e Pecuária (Famasul).

Na madrugada de quarta-feira (24), segundo o serviço de meteorologia da Uniderp/Anhanguera e Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), geou em dez municípios do Estado, sendo nove da região Sul, um dos principais polos de produção de grãos em Mato Grosso do Sul.

Nesta região a geada atingiu Amambai, Paranhos, Dourados, Itaquiraí, Ivinhema, Angélica, Rio Brilhante, Sete Quedas e Mundo Novo.

O Sul do Estado, conforme Circular Técnica do Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio (Siga-Web) da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja/MS) é a região em que a colheita da safrinha estava mais atrasada. Enquanto que no Norte e Centro de Mato Grosso do Sul a média até segunda-feira (22) era de que 40,4% das áreas já tivessem sido colhidas, no Sul o percentual caia para 27,7%.

Portalete comenta que esse milho que ainda não foi retirado das lavouras já está maturado, no ponto para ser colhido e, portanto, não deve ser afetado pelas geadas.

“Se tivesse ocorrido antes poderia prejudicar, mas agora não. O que pode ocorrer é que em algumas regiões do Estado em que a colheita já estava atrasada, por conta do excesso de chuva, que o atraso seja maior ainda, porque as máquinas não têm como entrar nas áreas com essa umidade. Se não começam a travar e a colher de maneira inadequada, provocando perdas”, explica.

Outro problema que as geadas podem provocar nas lavouras de milho no Estado, de acordo com o analista da Famasul, é a diminuir a qualidade do grão.

“Se a situação persistisse, a espiga poderia acabar absorvendo o excesso de umidade e isso poderia reduzir a qualidade do milho”, alerta ele, lembrando, entretanto, que a previsão é que a partir deste fim de semana as temperaturas já voltem a subir em todo o Mato Grosso do Sul e a colheita da safrinha possa ser feita em condições normais.

A previsão da Famasul e da Aprosoja/MS, conforme Portalete, é que a safrinha de milho no Estado chegue as 7 milhões de toneladas, bem superior a última estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que projetava uma colheita de 6,4 milhões de toneladas do cereal.

Com o atraso provocado pelas geadas desta semana, a previsão das entidades é que a colheita seja encerrada no Estado entre os dias 26 e 30 de agosto.

Conteúdos relacionados