Com frio, desfiles das escolas de acesso abrem carnaval em Campo Grande

A temperatura é atípica para um carnaval no Brasil: 18 graus. Isso pode ter afastado o público da Praça do Papa, onde aconteceram os primeiros desfiles das escolas de samba do grupo de acesso em Campo Grande nesta sexta-feira (9). Antes mesmo do evento começar, uma fina garoa enviou para casa parte da plateia que, […]

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A temperatura é atípica para um carnaval no Brasil: 18 graus. Isso pode ter afastado o público da Praça do Papa, onde aconteceram os primeiros desfiles das escolas de samba do grupo de acesso em Campo Grande nesta sexta-feira (9).

Antes mesmo do evento começar, uma fina garoa enviou para casa parte da plateia que, de acordo com a Polícia Militar, não chegou a mil pessoas.

Superado o frio, o atraso na montagem das estruturas fez os primeiros blocos entrarem na avenida por volta das 21h30 ao invés das 19h, como previa o cronograma. O bloco carnavalesco Ilê Omô Aye foi o primeiro, seguido dos Tambores Vento e o bloco infantil Herdeiros do Samba.

Às 23h50 foi a vez da escola Unidos do Taquarussu entrar na avenida. Com o enredo “Tia Eva – Um canto em louvor a São Benedito”, a Unidos levou muita cor e estampas de animais para o desfile, com fantasias que remetem à África. A religiosidade do povo também foi lembrada pelas alas.

Na sequência, desfilam as escolas Unidos do São Francisco, Cinderela Tradição do José Abrão e Unidos do Aero Rancho.

O presidente da Lienca (Liga das Escolas de Samba) Eduardo Neto lamentou a baixa frequência do público, mas destacou que este ano a iluminação foi reforçada pelos refletores a mais e a pintura do chão de branco.

Para o diretor presidente da Fundação Municipal de Cultura, Júlio Cabral, falta ainda incentivo à cultura nas escolas. “A proposta da nossa gestão visa o ensino em tempo integral. À tarde, as crianças teriam mais acesso ao esporte e cultura. O que é nosso precisa ser valorizado”, ressaltou.

Policiais Militares, Bombeiros, Policiais de Trânsito, Guardas Municipais e seguranças particulares, além da Cigcoe, garantiram uma festa pacífica a quem foi prestigiar.

A família de Marlene Ferreira, de 57 anos, vai sempre. Com a filha, o esposo e a neta, ela destaca que o lugar não colabora para a presença das pessoas. “Somos da Unidos do Cruzeiro, que vai desfilar amanhã, mas viemos prestigiar. Acho que viria mais gente se tivesse ônibus no lugar.Quando era na rua 14 de Julho, muita gente ia”, lembrou.

Ariadne Arruda, de 21 anos, enfrentou o frio e encheu de casacos a filha Bianca, de um ano e dez meses, para a avenida. “Ela ia desfilar, mas ficou doente e não vai mais. Eu trouxe para ela ficar animada em ver e não triste em casa”.

Neste sábado será a vez do desfile das escolas do grupo especial, com previsão de início às 20h.

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