Com descaso de administrações passadas, vias da Capital estão em “caos estrutural”
Pequenos e grandes problemas deixaram as vias de Campo Grande em um “caos estrutural”, que atrapalham a vida dos condutores em praticamente toda a cidade. Engarrafamentos e falta de lugar para estacionar são apenas alguns exemplos de dificuldades causadas pela falta de planejamento nos últimos anos. “Sofremos muito com a falta de organização do espaço […]
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Pequenos e grandes problemas deixaram as vias de Campo Grande em um “caos estrutural”, que atrapalham a vida dos condutores em praticamente toda a cidade. Engarrafamentos e falta de lugar para estacionar são apenas alguns exemplos de dificuldades causadas pela falta de planejamento nos últimos anos.
“Sofremos muito com a falta de organização do espaço viário, o que gerou muito desperdício”, lamentou Elídio Pinheiro, arquiteto e urbanista, além de coordenador de projetos da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito). Segundo ele, algumas aprovações de projetos nos últimos anos, como no caso de rebaixamento de guias em frente aos imóveis, causam transtornos até hoje para a população.
O caso de rebaixamento de guias, por exemplo, parece simples, mas pode prejudicar toda uma rua. No caso mostrado por Elídio, uma construção de casas lado a lado, foi dada permissão para que as entradas de estacionamentos ficassem de tal forma, que nenhum outro carro consegue estacionar em quase meia quadra (veja foto). “Mas esses casos não podemos fazer mais nada, está fora dos padrões, mas já foi aprovado, agora temos que analisar os novos projetos”, afirmou o arquiteto.
No caso dos rebaixamentos de estacionamento, por exemplo, a legislação diz que o tamanho da entrada não pode ser maior que 70% da testada do imóvel, podendo ser fracionada, desde que respeitando 4,8 m de distância entre as duas entradas.
O mesmo problema ocorre em escolas, mesmo seguindo legislação própria. “É um erro uma escola ser localizada em uma via de grande movimento, porque aumenta o risco à vida e engarrafa o trânsito. Se não é possível tirar a escola do local, pelo menos a entrada e saída devem ser localizadas em uma via secundária”, comentou Elídio.
O tal “jeitinho” brasileiro também pode dar problemas. A faixa amarela, de proibido estacionar, só deve ser pintada pela Agetran, e ainda levar a sinalização vertical (placa), para ter validade. Este é outro problema que faz as vagas de estacionamento “sumirem” na cidade. Quem não obedece pode tomar multa.
De acordo com o arquiteto, a Agetran está trabalhando em duas frentes: correções imediatas e planejamento em médio prazo.
Metas
“Hoje nossa meta principal, mas não a única, e nosso maior desafio é a ‘repaginagem’ do sistema integrado de transporte coletivo urbano da Capital, que está bastante falho”, explicou Elídio.
A Agetran acompanha as obras do PAC Mobilidade, que promete “dar uma nova cara” a Campo Grande.
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