Cientistas comprovam existência de lulas voadoras

Parece uma esquadrilha de drones (aviões teleguiados), mas, na realidade, são pequenas lulas que conseguem voar a mais de 11 metros por segundo para fugir de seus predadores. Assim como mísseis, estes moluscos se ejetam do mar lançando poderosos jatos de água à pressão, antes de posicionar suas nadadeiras como asas, explica Jun Yamamoto, da […]

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Parece uma esquadrilha de drones (aviões teleguiados), mas, na realidade, são pequenas lulas que conseguem voar a mais de 11 metros por segundo para fugir de seus predadores.

Assim como mísseis, estes moluscos se ejetam do mar lançando poderosos jatos de água à pressão, antes de posicionar suas nadadeiras como asas, explica Jun Yamamoto, da Universidade de Hokkaido, em estudo japonês publicado na revista Marine Biology.

A velocidade dessas lulas é ainda maior do que a do homem mais rápido do planeta: Usain Bolt percorreu 10,31 metros por segundo durante os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.

“Até agora, só havia testemunhos e rumores, e ninguém sabia exatamente como estes animais faziam para voar, mas, finalmente, temos provas”, afirmou Yamamoto, baseando-se em fotos. Em uma dessas imagens, se vê cerca de 20 lulas voando em formação.

Em julho de 2011, Yamamoto e sua equipe acharam um grupo de cem lulas em pleno oceano Pacífico, a uns 600 quilômetros de Tóquio. Quando seu barco se aproximou, os pequenos moluscos de 20 centímetros saíram disparados como foguetes.

“Depois de lançarem um jato de água, elas começaram a voar graças a suas nadadeiras”, indica a equipe de Jun Yamamoto no relatório.

Segundo Yamamoto, elas permanecem no ar durante três segundos percorrendo uma distância de aproximadamente 30 metros.

“Ao cair, recolhem as nadadeiras para amortecer o choque e entram na água de forma aerodinâmica”, afirma. “Também descobrimos que esta lula não se limita a sair da água, também tem uma posição aerodinâmica muito elaborada para voar.”

Ao planar, a luta visa a fugir de um possível predador, mas, segundo os autores do estudo, também pode ficar a mercê de outros predadores, como os pássaros.

Há apenas um mês, outros cientistas japoneses, assim como cadeias de televisão do Japão e dos Unidos, anunciaram ter filmado pela primeira vez uma lula gigante a 900 metros de profundidade no Oceano Pacífico.

O mítico molusco, de cor prateada, foi filmado em 10 de julho de 2012 por uma equipe do Museu Científico Nacional japonês em colaboração com a cadeia pública japonesa NHK e o Discovery Channel.

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