Caso Alstom: propinas nos transportes e energia em SP estão ligadas
A Polícia Federal concluiu que o propinoduto tucano no Metrô em São Paulo começou a ser montado na área de energia, ainda no governo de Mário Covas (1995-2001), e se espalhou pelo transporte público (trens e metrô) nas gestões de Geraldo Alckmin (2001-2006) e José Serra (2007-2010), desviando ao menos 425 milhões de reais dos […]
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A Polícia Federal concluiu que o propinoduto tucano no Metrô em São Paulo começou a ser montado na área de energia, ainda no governo de Mário Covas (1995-2001), e se espalhou pelo transporte público (trens e metrô) nas gestões de Geraldo Alckmin (2001-2006) e José Serra (2007-2010), desviando ao menos 425 milhões de reais dos cofres públicos. As informações são da edição desta semana da revista IstoÉ.
Segundo as apurações da revista, os dois casos estão conectados e a forma de distribuição das propinas pagas por executivos da multinacional francesa Alstom nos dois casos é semelhante. A empresa utilizava lobistas – que usavam offshores, contas bancárias em paraísos fiscais, consultorias de fachadas e fundações a fim de desviar dinheiro – para comprar políticos e pessoas influentes no governo tucano e obter contratos com estatais paulistas.
De acordo com a revista, a PF chegou aos nomes do PSDB que teriam poder de decisão no escândalo da energia, origem da máfia dos transportes. São os tucanos Andrea Matarazzo, ministro de FHC e secretário estadual de Serra e Covas, além de Henrique Fingermann e Eduardo José Bernini, ex-dirigentes da Empresa Paulista de Transmissão de Energia Elétrica (EPTE).
As operações de propina aconteciam por meio dos executivos Pierre Chazot e Philippe Jaffré, representantes da Alstom no esquema. Ao todo, teriam sido distribuídos mais de 20 milhões de dólares em suborno no Brasil. Segundo a revista, os dois escândalos utilizaram lobistas e consultores em comum.
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