Capoeiristas do estado participam de Escambo cultural em Corumbá

Pelo menos 150 capoeiristas, de 11 cidades de Mato Grosso do Sul participam em Corumbá da segunda edição do projeto “Escambo Cultural”, que acontece hoje e amanhã, dias 13 e 14 de julho, no Museu da História do Pantanal (Muhpan). O evento conta com palestras e workshops abertas ao público. “O Escambo Cultural surgiu de […]

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Pelo menos 150 capoeiristas, de 11 cidades de Mato Grosso do Sul participam em Corumbá da segunda edição do projeto “Escambo Cultural”, que acontece hoje e amanhã, dias 13 e 14 de julho, no Museu da História do Pantanal (Muhpan). O evento conta com palestras e workshops abertas ao público.

“O Escambo Cultural surgiu de uma iniciativa do mestre Lamartine, que já desenvolveu vários trabalhos em todo o Brasil. Queremos através deste projeto, reunir o que há de melhor na cultura sul-mato-grossense, projetando a filosofia da capoeira, discutindo temas essenciais para toda a sociedade. A proposta é que a cada ano o Escambo ocorra em cidades diferentes, onde estiver um grupo do Cordão de Ouro, é possível que receba o Escambo Cultural”, explicou ao Diário Luiz Carlos Santana, músico educador e diretor presidente do Instituto e Ação Social Desenvolvimento Educação e Cultural, O Giro 380, de Campo Grande.

A principal proposta é a busca do diálogo dos capoeiristas dentro do território pantaneiro, das novas com as antigas gerações, passando por questões de gênero, juventude, idosos, portadores de necessidades especiais, entre outras questões. Para isso, foram elaboradas oficinas, palestras e atividades de interação. A denominação Escambo está diretamente ligada ao significado da palavra, que é o de troca. A iniciativa quer promover, entre os praticantes da capoeira do Estado, a troca de informações sobre questões sociais e elementos culturais africanos.

Participam as cidades de Corumbá, Ladário, Campo Grande, Jardim, Pedro Gomes, Sonora, Anastácio, Miranda, Aquidauana e a cidade de Ouro Branco, em Mato Grosso.

“Comecei a praticar capoeira aos 07 anos de idade, para ajudar em meu desenvolvimento e gostei tanto que hoje sou mestre. Um evento como esse é a valorização da expansão da capoeira no Brasil, por isso, é essencial participar destra troca de conhecimentos”, apontou ao Diário, Rodolfo Santana da Silva, 27 anos.

As mulheres também participam da roda de capoeira, diferentemente do passado, em que apenas admiravam. “A mulher é valorizada em todas as situações hoje em dia e não podia ser diferente aqui na roda de capoeira. Participar do escambo é firmar toda a valorização do individuo na sociedade”, disse Edna Rodrigues Pinheiro, 26 anos.

O encerramento das atividades do evento será por meio de uma feira em um espaço coletivo para a apreciação dos conhecimentos e objetos artesanais produzidos no Escambo.

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