Campo-grandenses pedem fim da cobrança do parquímetro no centro da cidade
Moradores alegam que até em locais residenciais há cobrança. Outra grande reclamação é que ninguém sabe ao certo onde o dinheiro arrecadado vai parar.
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Moradores alegam que até em locais residenciais há cobrança. Outra grande reclamação é que ninguém sabe ao certo onde o dinheiro arrecadado vai parar.
Os campo-grandenses estão inconformados com a cobrança de estacionamento pelos parquímetros no centro da cidade. Muitos moradores ficam revoltados por terem que pagar para estacionar o carro em frente de casa. Outra reclamação recorrente é ter que pagar para o carro ficar na rua e sem proteção. Uma audiência pública deve ser convocada para discutir a cobrança.
A professora Maria Clara, 46, reclama que mora no centro e em frente ao seu apartamento, se ela ou algum amigo que for visitá-la quiser estacionar, tem que pagar. “Isso é absurdo. Imagina um convidado que vai a sua casa ter que pagar pra por o carro em frente. O pior é você ter que pagar pra estacionar em frente a sua própria casa. Não dá”, ressaltou.
Para o operador de máquinas, Wilson Almeida, 28 anos, não deveria haver cobrança alguma. “Que vantagem tem isso? Só se for para a empresa, porque não vejo retorno nenhum, as ruas continuam esburacadas”, disse.
“Pagar para ficar na rua? Não adianta nada. Não tem segurança e uma vez bateram em mim e foi um transtorno, paguei horrores de conserto”, contou a comerciária Elda Reis, 24 anos.
A reclamação também atinge a quantidade de vagas oferecidas. “Não adianta nada essa justificativa de rotatividade, porque na hora que precisa nunca tem vaga, além de ser caro”, afirmou o vendedor Alexandre Lemos, 38 anos.
Atualmente existem 2.246, 116 vagas para pessoas idosas e 49 reservadas para portadores de deficiência, segundo a Prefeitura de Campo Grande.
Além disso, há quem não respeite as vagas destinadas para carro ou moto. A reportagem constatou desrespeito de ambas as partes.
“Foi rapidinho. Eu sei que dá multa, mas é que não tem mais vaga”, argumentou o motoboy Paulo César, 22 anos, que estacionou entre dois carros.
O técnico em telecomunicações Edson de Oliveira, 55 anos, veio de Brasília a Campo Grande a trabalho e para tanto locou um carro. Ele passou alguns minutos tentando achar o funcionário da Flexpark, empresa prestadora de serviço do parquímetro, para conseguir comprar os créditos que custam R$ 1,50 a hora.
“Com carro alugado não dá para tomar multa. Lá em Brasília não existe isso, temos bolsões de estacionamento por todos os lados”, comentou.
Multa
Para quem estacionar e não colocar os créditos durante o tempo que o carro estiver no local está sujeito a levar um aviso de irregularidade, que deverá ser trocado em até cinco dias úteis na Central de Atendimento.
Caso contrário, a notificação é enviada para a Agência Municipal de Trânsito (Agetran) e uma multa de R$ 53,20 é dada ao dono do carro, além de três pontos somados à carteira de habilitação.
Audiência Pública
A vereadora Grazielle Machado (PR) está cobrando da prefeitura informações para saber onde o recurso arrecadado com o parquímetro é investido. Ela aguarda resposta da prefeitura a requerimentos que cobram informações sobre a arrecadação dos equipamentos na Capital. Enquanto isso, a população quer logo o fim da cobrança.
“Verifiquei também que alguns locais são residenciais e tem a cobrança. O morador que não tem garagem tem pagar o dia inteiro ali? Vamos discutir os locais em que estão sendo colocados e cobrar onde o dinheiro arrecado é aplicado”, afirmou Grazielle.
Uma audiência pública nesse segundo semestre não está descartada pela parlamentar.
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