Campo Grande tem seis diabéticos a cada 100 moradores e doença afeta mais mulheres

Três dias antes do Dia Mundial de Diabetes (14), a Prefeitura de Campo Grande através da Sesau e da Funesp, realizou atividade de prevenção, controle e orientação da doença na manhã desta segunda-feira (11), no Belmar Fidalgo. Segundo os organizadores, o evento atraiu mais de 300 pessoas, que puderam aferir pressão arterial, medir a glicemia […]

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Três dias antes do Dia Mundial de Diabetes (14), a Prefeitura de Campo Grande através da Sesau e da Funesp, realizou atividade de prevenção, controle e orientação da doença na manhã desta segunda-feira (11), no Belmar Fidalgo. Segundo os organizadores, o evento atraiu mais de 300 pessoas, que puderam aferir pressão arterial, medir a glicemia e fazer avaliação física e nutricional.

De acordo com pesquisa do Ministério da Saúde da Vigitel feita em 2012, 6,5% da população campo-grandense é diabética, sendo 7,9% da população feminina e 5% da masculina. Só no SUS (Sistema Unificado de Saúde), são mais de 26 mil pessoas cadastradas com diabetes. No Brasil já foram registradas mais de 470 mil mortes causadas pela doença.

Comer bem e se exercitar

Segundo Gabriela Dorn Nóbrega, gerente técnica do programa de hipertensão e diabetes, a atividade, que é anual, busca mudar os hábitos das pessoas. “A intenção é mostrar a importância de uma alimentação saudável e da prática de exercícios”, disse.

Campo Grande é a primeira capital do sobrepeso e a terceira com maior índice de obesidade do país. Enelita Mazon, gerente técnica de atividades físicas e práticas corporais, ressaltou a importância das atividades físicas como prevenção da diabetes. “É o maior objetivo. Reduzir o sedentarismo e a obesidade. A atividade física ajuda no controle glicêmico”, explicou.

Cuidados

Enelita relatou que muitos estão com diabetes e nem sabem “Muitos diabéticos só diagnosticam 4,5, anos depois e aí os órgãos já estão comprometidos”, conta. O engenheiro Gonçalo de Almeida, 52, fez exame de glicemia e ficou preocupado. Glicemia igual ou maior que 126 mg/dl, é sinal de diabetes e entre 100 e 125mg/dl, o diagnostico é de intolerância glicídica (pré-diabetes).

O exame de Gonçalo deu 188 mg/dl. “Vou ter que marcar uma consulta”, disse o engenheiro, que tem uma irmã diabética. Gonçalo admitiu não fazer muito exercício físico e acredita que o fato de tomar muito café também ajudou para o resultado preocupante.

Já o exame de Argeu da Silva, 32, funcionário público deu 111 mg/dl. “Minha mãe é diabética e tenho medo de pegar. Tem que se cuidar, saúde em primeiro lugar”, frisou. A mãe de Argeu, Maria Rodrigues da Silva, 61, descobriu há três anos que estava com a doença. “Agora ela come tudo light e faz exercícios, mudou bastante”, revela o funcionário público.

Combate à dengue

Além da prevenção da diabetes, maquetes de combate e prevenção da dengue estavam sendo exibidas no local. O gerente técnico do CCZ (Centro de Controle à Zoonose) Rafael Lizandro mostrava a casa certa e a casa errada. A casa errada não toma os cuidados necessários para evitar a proliferação da doença e não deixa o agente de saúde entrar.

Para Rafael a forma de mostrar os riscos chama a atenção das pessoas. “Educar brincando faz a pessoa aprender mais. As crianças adoram as maquetes, a gente brinca que são os primeiros agentes, pois ficam falando para os pais os métodos de prevenção da dengue”, conta.

 

Matéria editada às 10:49h para  acréscimo de informações.

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