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Câmara solicita documentos para investigar suposto superfaturamento na gestão de Nelsinho

O requerimento foi apresentado pela vereadora Luiza Ribeiro (MD), e aprovado por unanimidade na Casa, após ser determinado que o voto seria nominal.
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O requerimento foi apresentado pela vereadora Luiza Ribeiro (MD), e aprovado por unanimidade na Casa, após ser determinado que o voto seria nominal.

A Câmara Municipal de Campo Grande aprovou requerimento que solicita à prefeitura, através da Secretaria de Saúde, a cópia integral dos processos de compras de medicamentos para postos de saúde e para a Santa Casa nos últimos cinco anos.

O objetivo é investigar se houve superfaturamento da aquisição dos produtos durante a gestão de Nelsinho Trad (PMDB), conforme denunciado pelo Midiamax.

O requerimento foi apresentado pela vereadora Luiza Ribeiro (MD), e aprovado por unanimidade na Casa, após ser determinado que o voto seria nominal, ou seja, seria possível identificar o parlamentar que votasse contra a solicitação.

“Espero que com as notas dê para analisar se houve a compra de medicamentos superfaturados, ou mesmo o direcionamento das compras para certas empresas”, defendeu Luiza.

O Midiamax denunciou a “rotina” de superfaturamento de medicamentos na gestão de Nelsinho em uma série de reportagens, que revelam como os produtos eram comprados a “peso” de ouro em licitações passadas. As matérias serviram como justificativa para a solicitação da parlamentar.

A votação foi aberta depois de pedido do vereador Carlão (PSB). “É importante fazer uma investigação, tem muita gente morrendo por falta de medicamentos”, afirmou.

Oposição defende “qualidade”

A oposição ao prefeito Alcides Bernal (PP), que até o ano passado fazia parte da base aliada de Nelsinho, se apega na tese de “qualidade dos produtos” para justificar a diferença nos valores pagos pelas duas administrações.

“Tem que ser analisado a qualidade do produto e também a credibilidade na empresa vendedora”, alegou Airton Saraiva (DEM), correligionário do deputado federal Henrique Mandetta, que foi secretário municipal de Saúde de Nelsinho.

Já para Flávio César (PT do B), que era líder de Nelsinho na Câmara, até agora não há conclusão se realmente houve o superfaturamento. “É uma questão complexa, que tem que ser estudada para se ter uma conclusão”, argumentou. 

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