Câmara adia mais uma vez a votação do marco civil da internet
O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN), disse que a Casa não votará o marco civil, considerado uma espécie de Constituição da Internet, nesta terça-feira (29). De acordo com Alves, ele vai se reunir com o deputado Alessandro Molon (PT-RJ), relator do projeto, para discutir a proposta e o assunto só deve voltar […]
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O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN), disse que a Casa não votará o marco civil, considerado uma espécie de Constituição da Internet, nesta terça-feira (29). De acordo com Alves, ele vai se reunir com o deputado Alessandro Molon (PT-RJ), relator do projeto, para discutir a proposta e o assunto só deve voltar à pauta após ter mais consenso entre os deputados. Ele disse ainda que a matéria será votada apenas na próxima terça-feira (5).
O projeto, que corre em regime de urgência, deveria ter sido votado até esta segunda-feira (28). Como isso não ocorreu, o legislativo está com a pauta da casa “trancada”, impedindo outras votações em sessões ordinárias.
Já o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou que alguns líderes da base aliada ao governo querem realizar uma comissão geral sobre o marco civil antes de votar o tema. Segundo a “Agência Câmara”, Chinaglia disse nesta terça que haverá outra reunião de líderes da base na quarta (30) para tirar dúvidas sobre o novo Código de Processo Civil e entrar em acordo sobre a votação.
Polêmica
A proposta de estabelece “princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil”, por parte dos usuários, dos provedores e também do governo. A votação já foi adiada ao menos dez vezes, seis delas somente no ano passado.
O principal impasse para a votação do marco civil é a “neutralidade da rede”, termo que consiste em tratar de forma “neutra” todos os dados de usuários na internet. Essa área envolve dois setores: as empresas de telecomunicações (como Vivo, Claro, TIM, NET, GVT, entre outros), que fornecem conexão à internet, e provedores de acesso (como UOL, Terra, IG e Globo).
As teles reivindicam o direito de vender pacotes fechados de internet, como planos para celular que limitam acesso a redes sociais e sites pré-determinados. Já os provedores acreditam que a internet deve ser completamente neutra e que a escolha de planos com conteúdos fechados limita a liberdade de o usuário conhecer novos sites, além de impedir que outras empresas de conteúdo digital ganhem espaço no mercado.
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