Uma psicóloga tentou ajudar um jovem que apanhava e levou um tiro no pé. O rapaz disse que era ‘agente secreto’ e derrubou a cancela no estacionamento do hospital. Acabou preso.

Um caso praticamente de cinema aconteceu na madrugada dessa quinta-feira (5) em Campo Grande. Um homem de 34 anos começou uma briga, teve ajuda de uma desconhecida, sofreu uma perseguição a tiros de carro e ainda tentou invadir a Santa Casa. Só o final não foi de cinema, o homem acabou preso e a desconhecida levou um tiro no pé.

André Luiz de Castro Vilhena, de 34 anos, estava em um posto de combustível na avenida Mato Grosso com Vitorio Zeolla, quando um grupo de pessoas que havia acabado de sair da boate Valley chegou ao local, entre eles estava a psicóloga Roane Pires Correia, 21 anos.

A certa altura começou uma briga no local, por conta dos ânimos exaltados pela bebida, e André levou um soco no olho. Nesse ponto, ele sacou uma pistola de ar- comprimido e começou a ameaçar as pessoas, que quando perceberam que era uma pistola de ar, voltaram a agredir o homem.

Com pena do desconhecido, Roane tentou ajudá-lo, colocando-o dentro do carro e levando-o embora. Nessa hora a história ganha ares cinematográficos, porque André afirma que o carro em que estava começou a ser perseguido por um Golfe vermelho, que atirou no mínimo cinco vezes contra o veículo.

A mulher, que nada tinha a ver com a história, acabou levando um tiro no pé. André, muito prestativo, tomou a direção e a levou à Santa Casa. No entanto, ele invadiu o estacionamento dos médicos, quebrando a cancela e causando mais confusão.

Os seguranças do hospital ainda tentaram deter o homem, que afirmava ser agente da Polícia Federal e da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). A Guarda Municipal teve de ser chamada para deter o suspeito, que mesmo assim não se entregou facilmente.

A mulher foi atendida e o homem foi detido, levado à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do centro e indiciado por desacato.