Brasil pede modelo de relações internacionais baseado na solidariedade

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência do Brasil, Gilberto Carvalho, reivindicou nesta quinta-feira um novo modelo de relações internacionais baseado na solidariedade e uma relação “entre pares” para a Europa e América Latina. Carvalho fez o pedido durante seu discurso na 6ª Conferência Itália-América Latina e Caribe que começou hoje em Roma e na qual […]

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O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência do Brasil, Gilberto Carvalho, reivindicou nesta quinta-feira um novo modelo de relações internacionais baseado na solidariedade e uma relação “entre pares” para a Europa e América Latina.

Carvalho fez o pedido durante seu discurso na 6ª Conferência Itália-América Latina e Caribe que começou hoje em Roma e na qual são buscadas novas vias de cooperação entre Europa e Itália e a América Latina.

Carvalho afirmou que as relações entre União Europeia e América Latina “devem ser renovado” e evoluir rumo a “uma relação mais profunda, entre pares e não entre um que dá e outro que recebe”.

O ministro pediu a seus colegas um esforço para “criar um novo modelo de desenvolvimento”, já que o atual está baseado, segundo sua opinião, “no consumismo desenfreado, na concorrência e nas guerras” e está esgotado.

Nesta mudança, Carvalho deu como exemplo o novo olhar para a África no qual o Brasil aposta, uma posição que compartilhou com o chanceler argentino, Héctor Timerman, que propôs uma “cooperação triangular” entre CELAC, Itália e África que beneficie os três atores.

Este novo modelo de cooperação deve ser baseado, além disso, na confiança mútua e requer “uma postura forte” diante de determinadas ações como “a invasão de informação da América do Norte”, comentou Carvalho, em referência a casos de espionagem por parte dos Estados Unidos.

As políticas de crescimento com uma repartição equitativa da renda e com respeito ao meio ambiente como base é a ideia principal que o Governo brasileiro quer passar nesta conferência, na qual Carvalho se mostrou orgulhoso das conquistas da economia brasileira.

A aposta nas pequenas e médias empresas, com a experiência de sinergias entre empresas italianas e brasileiras e programas educativos como o “Ciências sem Fronteiras” – pelo qual 2.000 estudantes italianos estudarão em universidades brasileiras – são exemplos expostos por Carvalho de enriquecimento mútuo.

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