Brasil passará a influenciar preço do petróleo em 2020, diz Graça
O Brasil passará a ter influência na formação do preço do petróleo tipo Brent por volta de 2020, quando a produção do país pode atingir mais de 5 milhões de barris diários, segundo a presidente da Petrobras, Graça Foster. Entre as causas da queda de preço Graça apontou a exploração do tight oil (petróleo não […]
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O Brasil passará a ter influência na formação do preço do petróleo tipo Brent por volta de 2020, quando a produção do país pode atingir mais de 5 milhões de barris diários, segundo a presidente da Petrobras, Graça Foster.
Entre as causas da queda de preço Graça apontou a exploração do tight oil (petróleo não convencional) nos Estados Unidos, o pré-sal brasileiro e as areias do Canadá, que aumentarão a capacidade ociosa da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).
Atualmente com a produção estagnada em torno de 1,9 milhão de barris por dia, mas com perspectivas de crescimento expressivo devido às descobertas já feitas na região do pré-sal da bacia de Santos, e as que ainda devem ser feitas, como o recém comprado campo de Libra, a Petrobras deverá estar produzindo 4,2 milhões de barris de petróleo por dia em 2020. Junto com a produção de outras empresas, o país vai ultrapassar a marca de 5 milhões diários, segundo Graça.
Em palestra na OTC Brasil 2013, Graça admitiu que há uma tendência de queda de preço do Brent nos próximos anos para algo em torno dos US$ 75/ US$80 o barril, contra os US$ 100 atuais, mas que depois a expectativa é de que o petróleo volte a subir, devido a uma maior demanda projetada para a partir de 2020.
Ela reafirmou que a produção de Libra, campo leiloado na semana passada, terá o primeiro óleo até 2020 e previu que a produção demandará no mínimo 12 unidades de produção.
“Trabalhamos hoje com 12 unidades estacionárias de produção (plataforma), mas Libra entra em um momento importante. É um projeto muito estudado por nós, mas temos a certeza que chegou na hora certa e esperávamos Libra de forma ansiosa”, disse Graça.
Ela informou ainda, que solicitou ao governo no dia 10 de outubro a formação de um grupo de trabalho junto ao governo para debater a reavaliação do campo de Franco, um reservatório gigante colado a Libra, que foi dado à empresa pela União em troca de ações da Petrobras, na megacapitalização de 2010.
Na época foi estipulado um preço para o petróleo de Franco, com condição do mesmo ser reavaliado após as descobertas terem sido comprovadas.
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