Brasil, Bolívia e Peru vão analisar operações aéreas antidrogas

Brasil, Bolívia e Peru vão formar uma comissão para analisar as operações militares aéreas de combate ao tráfico de drogas, indicou nesta sexta-feira em La Paz o ministro do Interior da Bolívia, Carlos Romero. “Uma reunião entre os comandos das Forças Armadas (dos três países) vai discutir todos os aspectos inerentes ao controle do tráfego […]

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Brasil, Bolívia e Peru vão formar uma comissão para analisar as operações militares aéreas de combate ao tráfico de drogas, indicou nesta sexta-feira em La Paz o ministro do Interior da Bolívia, Carlos Romero.

“Uma reunião entre os comandos das Forças Armadas (dos três países) vai discutir todos os aspectos inerentes ao controle do tráfego aéreo e ao controle da defesa aérea”, informou durante coletiva de imprensa.

O ministro boliviano reuniu-se em La Paz com os ministros peruanos do Interior, Wilfredo Pedraza, e da Justiça, Eda Rivas, e com a secretária executiva de Justiça brasileira, Márcia Pellegrini, com quem discutiu uma série de ações no combate às drogas.

Peru e Bolívia são, junto com a Colômbia, os principais produtores de coca e cocaína do mundo e fazem fronteira com o Brasil, por onde passa o fluxo da droga.

O ministro Romero afirmou que “há uma possibilidade” de que os três países realizem operações militares terrestres conjuntas. Tais “operações devem ser especificadas no plano de ação” elaborado por uma comissão tripartite formada pelos três países logo que possível, explicou.

Romero também declarou que os três países “devem realizar reuniões de um comitê de fronteiras” para abordar “os problemas” entre as nações, principalmente na Amazônia, onde, além do tráfico de drogas, há o comércio ilegal de armas.

A Bolívia assinou em janeiro de 2012 um acordo bilateral com o Brasil, que auxilia o país andino no monitoramento do cultivo de coca, em uma iniciativa apoiada pelos Estados Unidos.

O governo brasileiro também prometeu fornecer aviões não tripulados VANT para ajudar na luta contra o tráfico de drogas na fronteira.

Os dois países compartilham uma fronteira de 3.133 km.

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