Braço-direito de Andinho é detido no interior paulista
A polícia prendeu nesta segunda-feira, 15, no município de Serrana, na região de Ribeirão Preto (SP), Flaviano Lima de Oliveira, apontado como braço-direito do narcotraficante Wanderson Nilson de Paula, o Andinho, um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) naquela área do Estado. Ele responde por uma série de crimes e estava em liberdade […]
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A polícia prendeu nesta segunda-feira, 15, no município de Serrana, na região de Ribeirão Preto (SP), Flaviano Lima de Oliveira, apontado como braço-direito do narcotraficante Wanderson Nilson de Paula, o Andinho, um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) naquela área do Estado. Ele responde por uma série de crimes e estava em liberdade provisória.
Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, Oliveira estaria arquitetando um plano para matar os promotores que acusaram Andinho em investigações recentes. Flaviano foi preso como parte da operação que atingiu ontem os delegados do Denarc em São Paulo e Campinas.
O promotor Amauri Silveira Filho, do Gaeco de Campinas, onde foram deflagrada as investigações sobre Andinho e analisado o envolvimento de policiais em extorsões a traficantes, confirmou que o líder do PCC tinha em mente executar integrantes do MP. A intenção foi revelada em uma das gravações telefônicas.
A Polícia Militar de Serrana prendeu Flaviano às 13h30, na casa de seus pais, no bairro Jardim Boa Vista. Segundo os soldados, o suspeito já era conhecido pela PM e foi conduzido à delegacia sem dificuldades. O acusado não sabia do mandado de prisão quando foi abordado. Ele ficou detido na delegacia de Serrana na tarde de ontem. À noite, seguiu para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Ribeirão Preto.
Operação
Sete policiais civis foram detidos ontem, na capital paulista e em Campinas, por envolvimento em um esquema de achaque a traficantes e vazamento de inquéritos – seis eram integrantes ou ex-funcionários do Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc). As denúncias apontam para pagamento de propina mensal de até R$ 30 mil. Após a operação, que incluiu a maior devassa no departamento desde 1987 e levou a outras três detenções, a Secretaria da Segurança destacou que o Denarc será reformulado.
Dois dos presos eram delegados do departamento: o supervisor da Unidade de Investigações (responsável pelo setor de inteligência), Clemente Castilhone Junior, e Fábio Amaral de Alcântara, da 3.ª Delegacia de Apoio. Foram expedidos 13 mandados de prisão contra policiais – 11 em São Paulo e 2 em Campinas, onde começou a investigação, com base em escutas de traficantes feitas a pedido do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público.
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