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Bolivianos e paraguaios são explorados ao trabalhar em MS, diz procurador

A questão da exploração da mão-de-obra paraguaia e boliviana em Mato Grosso do Sul voltou à tona em fórum realizado em Campo Grande. O procurador do trabalho Cícero Pereira afirmou que a prática ainda é comum principalmente em carvoarias existentes na região de fronteira do Estado com os dois países, assim como nas indústrias de […]
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A questão da exploração da mão-de-obra paraguaia e boliviana em Mato Grosso do Sul voltou à tona em fórum realizado em Campo Grande. O procurador do trabalho Cícero Pereira afirmou que a prática ainda é comum principalmente em carvoarias existentes na região de fronteira do Estado com os dois países, assim como nas indústrias de açúcar e álcool. Pereira acrescentou, ainda, que os trabalhadores são trazidos à força para trabalhar no Brasil.

Para Pereira, a exploração dos trabalhadores acontece por causa da falta de fiscalização. “Devido à grande extensão de terras no Estado, fica muito difícil uma cobertura eficaz da fiscalização. Além disso, faltam fiscais para atender o Ministério Público do Trabalho (MPT)”, disse Pereira, que é membro da Procuradoria Regional do Trabalho do MPT-MS.

Segundo o procurador, as irregularidades acontecem em inúmeras empresas do Estado. Uma delas, cujo nome Pereira preferiu não citar, presta serviços na área de construção civil para o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal. O MPT já registrou 77 autos de infração contra a construtora.

Doenças ocasionadas por trabalhos repetitivos também foram tema de debate

Apesar de não configurar trabalho escravo ou exploração, o problema das doenças ocupacionais também chamou atenção durante os debates. A falta de infraestrutura nas indústrias e comércio facilita o aumento dos casos de LER (Lesão por Esforço Repetitivo), disse o médico sanitarista e consultor em saúde do trabalhador, Roberto Ruiz.

Segundo ele, a tendinite e transtornos psíquicos lideram o afastamento de empregados da indústria. “A estimativa é de que hoje, no setor industrial brasileiro, e aqui em Mato Grosso do Sul não deve ser diferente, é de que 20% dos trabalhadores estão doentes”, afirmou.

Os temas foram discutidos durante o 7º Fórum Sindical Sul, que começou ontem (9) em Campo Grande, e se encerra na manhã de hoje. Participam lideranças sindicais (sindicatos e federações) dos trabalhadores nas indústrias dos Estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

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