O governo da Bolívia anunciou neste domingo que enviará para o Equador uma proposta para a venda de folhas de coca e seus derivados.

“A Bolívia reitera seu interesse em exportar produtos industrializados da folha de coca para o Equador, para usos tradicionais, terapêuticos e medicinais. Nesse sentido, a Bolívia enviará até a segunda-feira, 7 de outubro, uma lista com os produtos ofertados” – de acordo com documento da presidência boliviana.

No final de julho, o presidente Evo Morales fez uma primeira proposta ao colega Rafael Correa para a venda de folhas de coca. O tema voltou à mesa no encontro bilateral na última quinta-feira.

Os dois presidentes também conversaram sobre um intercâmbio de experiência no controle de químicos para fabricar cocaína, assim como nas áreas de educação, migração e na criação de um observatório para vigiar as petroleiras transnacionais.

“A Bolívia se compromete a enviar até 7 de outubro do presente ano, a proposta de Acordo Marco para Promover o Comércio de Coca e seus Derivados Lícitos” – ainda segundo o documento.

De acordo com a ONU, a Bolívia conta com 25.300 hectares de cultivos de coca. Uma lei da década de 1980 autoriza, porém, até 12 mil hectares para usos legais, como os rituais religiosos andinos.

Terceiro produtor mundial de coca e cocaína, depois de Peru e Colômbia, segundo a ONU, a Bolívia busca mercados internacionais para sua coca excedente.