Bolívia anuncia investimento de US$ 56 milhões no combate ao tráfico de drogas

O governo da Bolívia planeja investir US$ 56 milhões no combate às drogas. O valor, segundo as autoridades bolivianas, é superior ao aplicado pelo Escritório de Assuntos Antidrogas dos Estados Unidos (cuja sigla em inglês é NAS), que deixará o país. A ideia, de acordo com o governo, é que o combate às drogas seja […]

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O governo da Bolívia planeja investir US$ 56 milhões no combate às drogas. O valor, segundo as autoridades bolivianas, é superior ao aplicado pelo Escritório de Assuntos Antidrogas dos Estados Unidos (cuja sigla em inglês é NAS), que deixará o país. A ideia, de acordo com o governo, é que o combate às drogas seja controlado pelas autoridades bolivianas. Em comunicado, o Ministério do Governo diz que os recursos vão cobrir as necessidades do país.

“Com a saída do escritório, vinculado à DEA [Agência Antidrogas dos Estados Unidos], expulsa [do país] de forma soberana em janeiro de 2009, a Bolívia reafirma sua vontade de nacionalizar a lucha contra as drogas, com vitórias reconhecidas pela comunidade internacional”, informa o texto.

O ministro da Presidência [o equivalente à Casa Civil], Juan Ramón Quintana, reiterou que a saída do NAS permitirá nacionalizar o combate ao tráfico ilegal de drogas. Quintana disse que nos últimos anos o escritório norte-americano reduziu de forma drástica os investimentos na Bolívia.

“Estamos nacionalizando a luta contra o narcotráfico. Essa luta nos permite colher resultados muito mais significativos do que quando a DEA estava no país e quando o NAS nos deixar, vamos obter resultados ainda melhores”, ressaltou Quintana.

Na semana passada, as autoridades bolivianas anunciaram a ordem de retirada do país da Agência Norte-Americana de Desenvolvimento Internacional (cuja sigla é Usaid), o governo dos Estados Unidos determinou a saída do NAS do país, que há 40 anos atua na região. A retirada da Usaid foi anunciada pelo presidente Evo Morales no último dia 1º.

Para Morales, a Usaid se envolveu em atos de conspiração e ingerência na política interna da Bolívia, principalmente nos temas relativos aos sindicatos dos camponeses e organizações sociais. Segundo ele, o objetivo da agência era desestabilizar seu governo.

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