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Belfort enfrenta estreante por revanche contra Anderson no UFC

Aos 36 anos, Vitor Belfort passa pelo melhor momento de sua carreira desde que voltou para o UFC em 2009 e colocará à prova seu status de astro do maior evento de MMA do mundo neste sábado, na luta principal do evento em Jaraguá do Sul. Mas tem muito mais em jogo para o brasileiro. […]
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Aos 36 anos, Vitor Belfort passa pelo melhor momento de sua carreira desde que voltou para o UFC em 2009 e colocará à prova seu status de astro do maior evento de MMA do mundo neste sábado, na luta principal do evento em Jaraguá do Sul. Mas tem muito mais em jogo para o brasileiro. Uma vitória sobre Luke Rockhold pode lhe dar uma das revanches mais esperadas dos últimos anos.

Dana White ainda não confirmou, mas quando casou a luta principal do primeiro evento do Ultimate no Sul do Brasil e em uma cidade do interior do país deu a entender que o vencedor terá o direito de disputar o cinturão dos médios do UFC em seguida.

O cinturão está atualmente – na verdade, desde de 2006 – nas mãos de Anderson Silva, que o defende pela 11ª vez em julho, contra Chris Weidman. Em caso de vitória de Vitor neste sábado e do Spider no UFC 162, os dois devem se reencontrar depois do histórico chute frontal do campeão, que nocauteou Belfort no UFC 126 de fevereiro de 2011.

“Não tem essa de pedir para enfrentar alguém, de pedir para disputar um cinturão. É isso que ensino para meus filhos, que eles precisam merecer as coisas, não pode ganhar apenas porque pediu. Estou lutando em alto nível e posso merecer um cinturão”, disse Vitor.

Do outro lado, e com o mesmo objetivo, está um dos rivais mais complicados que Vitor poderia ter entre os médios do UFC. Com apenas uma derrota na carreira e somente duas vitórias que não foram por nocaute ou finalização, Rockhold estreia no Ultimate como o último campeão do extinto Strikeforce. Tudo que ele quer é tentar unificar os cinturões.

Mas uma possível disputa de cinturão não foi o principal tema entre os dois durante essa semana. O assunto que roubou a cena e que ser firmou como sombra sobre Vitor Belfort é o Tratamento de Reposição de Testosterona (TRT) que o brasileiro admitiu fazer uso após sua última vitória sobre Michael Bisping no UFC São Paulo, em janeiro.

De um lado está o brasileiro justificando que nunca fez nada pelas costas do UFC, não está trapaceando, e que é apenas um tratamento médico, liberado e acompanhado pelo evento. Do outro, Rockhold diz que não é justo esse tipo de reposição hormonal, por achar que quem o faz é porque “falta algo” – Dana White tem posição parecida e já faz campanha para vetar o TRT.

“Para mim, lutar é mais mental que físico. Trabalhei muito para chegar aqui. Quero conquistar tudo. Acho que quem usa TRT é porque está faltando algo. Acho que sim é um grande fator que ajuda o Vitor, mas acredito em mim e na minha preparação”, disse Rockhold, seguido por Belfort.

“Não tenho muito o que falar sobre isso, eu estou seguindo as regras, não estou fazendo nada ilegal. Mais que isso, TRT não ganha luta, tem muito cara que usa TRT, perde e ninguém fala nada. O que eu faço é trabalhar muito duro. E sigo as regras.”

Estreia importante para o Brasil

Apontado como um dos principais nomes dos pesos médios do MMA na atualidade e um possível herdeiro do cinturão de Anderson Silva, Ronaldo Jacaré finalmente terá a chance de estrear pelo UFC. Um dos grandes nomes do jiu-jítsu brasileiro, ele chega ao Ultimate para enfrentar Chris Camozzi e já tendo sido dono do cinturão do Strikeforce – que perdeu exatamente para Rockhold.

“Eu me vejo subindo passo a passo dentro da categoria. Eu não nasci para ser o segundo colocado, eu nasci para ser o campeão. Passo a passo eu vou conquistar meu espaço entre os médios do UFC. Podem me esperar muito motivado para uma vitória no melhor estilo do jiu-jítsu. Para falar a verdade, acho que a torcida está mais ansiosa que eu para essa estreia.”

Brasil no caminho do cinturão dos leves

Vindo de uma série de três vitórias consecutivas, Rafael dos Anjos chega ao UFC de Jaraguá do Sul como o brasileiro mais bem ranqueado entre os pesos leves da franquia – é o décimo colocado. Mas mais que se firmar como o melhor lutador do Brasil nessa categoria, uma vitória do carioca sobre Evan Dunham o coloca definitivamente no caminho de uma disputa de cinturão.

“Eu não sinto nenhuma pressão por estar lutando em casa, a torcida vai apenas me empurrar. Não sou um lutador muito emotivo, não terei nenhum problema de colocar minha estratégia. Vou dar uma grande vitória para os brasileiros”, disse Rafael.

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