Baixo custo da internet via rádio vira febre e mercado paralelo abocanha filão

O baixo custo da internet via rádio vem dando impulso à proliferação indiscriminada de torres de sinal de internet não autorizadas pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Os chamados ‘gatos’ tem se espalhado, gerando acúmulo de antenas instaladas de forma irregular para difusão do sinal. Segundo a Anatel, o serviço via rádio é regulado e […]

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O baixo custo da internet via rádio vem dando impulso à proliferação indiscriminada de torres de sinal de internet não autorizadas pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Os chamados ‘gatos’ tem se espalhado, gerando acúmulo de antenas instaladas de forma irregular para difusão do sinal.

Segundo a Anatel, o serviço via rádio é regulado e depende de autorização da via Brasília. Para conseguir a licença, as empresas precisam apresentar projeto técnico. A agência nacional fiscaliza os aspectos técnicos como forma de freqüência, potencia, envio de radiação. Já a parte de instalação das antenas é de responsabilidade da prefeitura.

Entretanto, é comum ver em bairros de Campo Grande antenas espalhadas pelos telhados das casas e em prédios para receber o sinal de internet via rádio, que tem se popularizado nas regiões aonde o cabeamento de rede ainda não chegou.

Nos bairros, a estratégia geralmente utilizada por esses vendedores de sinal ‘paralelo’ é deixá-las mais escondidas. Segundo a Anatel, a maioria delas é ilegal. Os moradores acabam adquirindo o plano de internet via rádio do proprietário da torre, que monta uma “empresa” e instala uma antena para o cliente receber o sinal em casa.

O baixo custo é a principal propaganda do serviço. Usuários do sistema acham uma alternativa viável, porque sai cerca de R$ 50 a R$ 65. Apesar do valor ‘em conta’, o sinal é bastante precário.

“O sinal da internet sempre cai, não é muito bom, mas vale a pena. É uma alternativa, já que a internet via modem das operadoras é muito cara”, diz uma usuária dos ‘gatos’ que não quis se identificar.

A Anatel orienta que os usuários consultem o site da Agencia por meio do endereço eletrônico http://www.anatel.gov.br/ para verificar se as empresas funcionam de forma regular. Em Campo Grande, além das grandes empresas como OI, Net, GVT, Vivo Fixo e Embratel, apenas outras 22 revendedoras locais tem licença para funcionamento.

Os proprietários que distribuem sinal da internet sem autorização da Anatel cometem crime por desenvolver clandestinamente atividades de telecomunicações. A pena prevista é de detenção de dois a quatro anos, além de multa de R$ 10 mil.

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