Baixa velocidade de internet é barreira à adoção da tecnologia nas escolas

A baixa velocidade das conexões com a internet nas escolas públicas brasileiras é uma barreira à adoção da tecnologia como ferramenta de apoio pedagógico em sala de aula. Foi o que 78% dos diretores, 73% dos professores e 71% dos coordenadores de unidades de ensino afirmaram ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), que […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

A baixa velocidade das conexões com a internet nas escolas públicas brasileiras é uma barreira à adoção da tecnologia como ferramenta de apoio pedagógico em sala de aula. Foi o que 78% dos diretores, 73% dos professores e 71% dos coordenadores de unidades de ensino afirmaram ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), que divulgou nesta quinta-feira os resultados da pesquisa TIC Educação 2012. O centro de estudos do comitê (Cetic.br) ouviu 1.592 professores, 831 diretores, 773 coordenadores e 8.332 alunos dos ensinos fundamental e médio, distribuídos em 856 escolas brasileiras. Dessas, dois terços são públicas – municipais e estaduais – e um terço, particulares.

A pesquisa apurou que 90% das escolas públicas têm acesso à internet, mas 32% delas possuem conexão inferior a 1 megabite por segundo, enquanto 26% se conectam com velocidade entre 1 e 2 megabites por segundo. Do total, 24% dos diretores disseram não saber a velocidade da internet de suas instituições.

Além disso, 52% dos educadores de rede pública declararam que foi preciso fazer um curso de informática para aprender a usar o computador e a internet com fins pedagógicos. Para isso, três quarto deles tiveram que pagar o curso do próprio bolso, enquanto 22% foram beneficiados com aulas franqueadas pelo governo.

Outros dados mostram que, na hora de desenvolver habilidades no computador, a maioria dos professores recebe apoio de revistas e textos especializados (46%) ou de colegas de trabalho – como outros educadores (79%), coordenadores ou pedagogos (61%), diretores (57%) e monitores (46%). Só depois, vem a ajuda das secretarias de ensino, que ajudam 39% dos docentes.

O estudo ainda aponta com que frequência são realizadas as principais atividades voltadas aos alunos na sala de aula. No ranking, as tarefas que envolvem o uso do computador estão em último lugar, com 2% de frequência. E, durante o pouco tempo em que se mexe com o computador em sala de aula, 62% dos educadores têm o costume de ensinar os alunos a utilizar a máquina e a navegar na internet. Essa atitude entra em conflito com outros dados da pesquisa que indicam que 62% dos alunos de escola pública já possuem computadores em casa e, inclusive, 44% deles fazem uso da internet no celular.

Conteúdos relacionados