Um série de bombardeios tendo como alvo mesquitas xiitas no Iraque matou pelo menos 23 pessoas e feriu dezenas nesta sexta-feira. Os episódios integram uma série de ataques organizada por insurgentes, em uma tentativa de minar os esforços do governo xiita de reforçar a segurança pelo país.

Nenhum grupo reivindicou imediatamente a responsabilidade, mas os bombardeios têm a marca do braço iraquiano do Al-Qaeda. O grupo, conhecido como Estado Islâmico do Iraque, frequentemente usa carros-bomba, homens-bomba e explosões coordenadas em um esforço para espalhar medo entre os xiitas e corroer a sua confiança no governo do primeiro-ministro Nouri al-Maliki.

Na capital iraquiana, quatro carros-bomba atingiram mesquitas xiitas no momento em que os fiéis deixavam os locais após as preces de sexta-feira, matando 19 pessoas e ferindo 72.

Primeiro, um carro estacionado explodiu no bairro de Jihad, no oeste de Bagdá, matando sete fiéis e ferindo 25, segundo um oficial de polícia. Outro policial disse que quatro pessoas foram mortas e quase 20 ficaram feridas em um bombardeio no bairro de Qahira, no leste da cidade. Outras três pessoas morreram e 15 se feriram no distrito de Zafaraniyah, também localizado no leste de Bagdá. Um carro-bomba matou cinco pessoas e feriu 14 no bairro de Binook, no nordeste da capital.

Três autoridades de órgãos de saúde confirmaram o número de vítimas. Todos os oficiais de Bagdá falaram em condição de anonimato porque não estavam autorizados a falar com meios de comunicação.

Na cidade de Kiruk, 290 quilômetros ao norte de Bagdá, um homem dirigiu um carro cheio de explosivos na direção de um grupo de fiéis quando eles deixavam uma mesquita após as preces do dia, matando três pessoas e ferindo até 70, de acordo com o coronel de polícia Najat Hassan. O funcionário do setor de saúde Sidiq Omar Rasool confirmou o número de vítimas em Kirkuk.

A onda de violência se espalhou pelo país em um momento em que o Iraque se prepara para a primeira eleição em três anos. Pleitos provinciais serão realizados em 12 das 18 províncias do país em 20 de abril. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.