Atacante do Palmeiras critica jogo em Campo Grande e diz que se pudesse escolher jogo seria em SP

Ao vender o mando do jogo do dia 23, contra o Ceará, para atuar em Campo Grande (MS), a diretoria do Palmeiras considera estar evitando um constrangimento, já que o clube pode receber o troféu de campeão da Série B do Brasileiro nesta partida sem correr o risco de ser vaiado por membros de organizadas, […]

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Ao vender o mando do jogo do dia 23, contra o Ceará, para atuar em Campo Grande (MS), a diretoria do Palmeiras considera estar evitando um constrangimento, já que o clube pode receber o troféu de campeão da Série B do Brasileiro nesta partida sem correr o risco de ser vaiado por membros de organizadas, como quando conseguiu o acesso. Mas Alan Kardec já avisa: não vai adiantar nada.

“O Palmeiras tem torcida no mundo inteiro, encontra membros de organizadas fora de São Paulo também, no Brasil todo”, afirmou o centroavante, expondo irritação com a decisão dos dirigentes. O jogador respirou fundo durante sua entrevista coletiva nesta sexta-feira para ressaltar que não lhe cabe nem a possibilidade de opinar.

“O jogo que será em Campo Grande era para ser em São Paulo, mas temos que acatar ordem. Não temos que escolher, até porque não somos consultados. Se recebermos a taça lá, vamos comemorar lá, não dá para escolher”, limitou-se a responder o camisa 14, que fará o último jogo no Pacaembu neste ano diante do Boa, neste sábado.

O elenco palmeirense está cansado de tantas viagens. Além do deslocamento por ter times do Pará à Santa Catarina, o clube atuou seis vezes como mandante fora do Pacaembu por punição imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), transformando Itu (SP), Presidente Prudente (SP) e Londrina (PR) em casa.

Agora, por decisão da diretoria, o plantel terá que ir a Campo Grande na penúltima rodada. A preocupação do artilheiro do time na Série B, também, é romper qualquer possibilidade de cisão com a torcida, incluindo as organizadas que consideram o presidente Paulo Nobre como ‘inimigo’ – a Mancha Alviverde, maior delas, também xinga Valdivia mesmo que o chileno nem esteja em campo. A inteção é que o ambiente seja harmônico caso o Verdão não perca ou a Chapecoense não vença e os comandados de Gilson Kleina já confirmem neste sábado, no Pacaembu, a conquista da Série B.

No empate sem gols que garantiu a volta à primeira divisão, a Mancha, com o apoio de alguns torcedores não-uniformizados no Pacaembu lotado, vaiou e cantou que estar na elite do futebol brasileiro não é mais do que obrigação. Os gritos foram repetidos nos últimos minutos da vitória por 3 a 0 sobre o Joinville, no sábado, e foram abafados por cânticos para Valdivia vindos dos outros presentes.

“Existe o apoio. Quem está no estádio, tem o direito de cobrar se enxergar algo que não gosta, mas, durante os 90 minutos, o apoio é incondicional. É difícil escutar vaias durante os 90 minutos, existe esse incentivo durante a partida”, amenizou Alan Kardec, tentando mostrar que é fã da torcida palmeirense.

“Não vou classificar o que é organizada ou torcedor comum. O palmeirense de coração torce com a alma. Precisamos de toda a torcida, não tem como ter atrito. Já joguei contra o Palmeiras, sei quanto é difícil enfrentar o Palmeiras em casa com sua torcida que nunca deixa de incentivar. Quero ter tudo isso do meu lado”, solicitou.

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