Assembleia suspende sessão e deputados vão a Brasília discutir conflito entre produtores e índios

Os deputados estaduais participam de duas agendas em Brasília nesta terça-feira (28). Na semana passada eles suspenderam as sessões e anunciaram que não vão votar nenhum projeto na Casa se o Governo Federal não apresentar uma solução para acabar com o conflito entre índios e produtores rurais. No período matutino, os deputados se reunirão com […]

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Os deputados estaduais participam de duas agendas em Brasília nesta terça-feira (28). Na semana passada eles suspenderam as sessões e anunciaram que não vão votar nenhum projeto na Casa se o Governo Federal não apresentar uma solução para acabar com o conflito entre índios e produtores rurais.

No período matutino, os deputados se reunirão com a bancada federal do agronegócio. Já no período da tarde o encontro é com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Não haverá sessão na Assembleia Legislativa nesta terça-feira.

O presidente da Assembleia, Jerson Domingos (PMDB), explicou que a caravana tem por objetivo fazer com que o governo se sensibilize e disponibilize recursos para o fundo criado para aquisição de terras e ampliação das aldeias indígenas.

A preocupação é maior porque os deputados analisam que Mato Grosso do Sul está à beira de uma guerra civil. Para resolver o problema, eles defendem uma solução que garanta a indenização aos produtores e o fim do sofrimento indígena.

Antes de partirem para Brasília, os deputados se reuniram com nesta segunda-feira (27) com o governador André Puccinelli (PMDB) e com o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Francisco Maia, para preparar um documento a ser levado à ministra.

Os deputados disseram que só votarão os projetos enviados em caráter de urgência pelo governador. A decisão de trancar a pauta e ir a Brasília saiu após manifestação inflamada do proprietário rural Ricardo Bacha na tribuna da Assembleia Legislativa. Ele falou que entende a causa indígena, mas criticou o Governo Federal por não dar uma solução, definindo o clima de tensão como insuportável. “As reivindicações dos indígenas são legítimas, mas precisa parar com essa guerra, senão mais gente vai morrer”, afirmou.

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