Assad recusa interferência estrangeira para resolver conflito sírio

O presidente sírio Bashar Al Assad disse ao enviado das Nações Unidas (ONU) para a questão da Síria, Lakhdar Brahimi, em um encontro em Damasco, que recusa qualquer interferência estrangeira a favor da oposição na Conferência Genebra 2, que deverá acontecer em novembro, com o objetivo de encontrar uma solução política para o conflito. “O […]

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O presidente sírio Bashar Al Assad disse ao enviado das Nações Unidas (ONU) para a questão da Síria, Lakhdar Brahimi, em um encontro em Damasco, que recusa qualquer interferência estrangeira a favor da oposição na Conferência Genebra 2, que deverá acontecer em novembro, com o objetivo de encontrar uma solução política para o conflito.

“O povo sírio é a única parte a ter o direito de decidir o futuro do seu país. Qualquer solução ou acordo deverá ter o aval dos sírios e refletir a sua vontade, longe de interferências externas”, disse Assad.

Lakhdar Brahimi, que esteve em Damasco em dezembro de 2012, foi recebido ontem pelas autoridades do país em uma reunião de menos de uma hora e, hoje (31), deverá reunir-se com membros da oposição antes de partir para Beirute, no Líbano. O enviado ainda não foi recebido pelas autoridades da Arábia Saudita, país hostil à conferência de paz de Genebra.

Essas visitas do enviado fazem parte de uma missão ao Oriente Médio para tentar viabilizar a conferência. A viagem começou pelo Egito, em meados de outubro.

Para o presidente sírio, o sucesso de qualquer solução política passa pelo fim do apoio de outros países – Arábia Saudita, o Quatar e a Turquia – à oposição da Síria. O governo de Assad considera que os grupos armados rebeldes são manipulados por países estrangeiros.

Segundo a agência oficial de notícias da Síria, Sana, o enviado Lakhdar Brahimi salientou que os “esforços para a realização da Conferência de Genebra 2 vão concentrar-se na forma de permitir aos sírios reunirem-se e chegarem a um acordo o mais depressa possível sobre uma solução para a crise”.

O conflito na Síria já causou a morte de 115 mil pessoas desde março de 2011 e 3,5 milhões de refugiados estão acampados em países vizinhos segundo as Nações Unidas.

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