Artista usa porteira velha para fazer quadros de madeira para a vida inteira

Qualquer pedaço de pau que não serve mais, para Gilmar Santos é precioso. Ele trabalhava como vendedor de vinhos, mas insatisfeito buscava nova atividade

Não tem madeira velha que não vire arte nas mãos dele. Qualquer pedaço de pau que não serve mais, para Gilmar Santos é precioso. O artista conta que trabalhava como vendedor de vinhos, mas insatisfeito com a função buscava uma nova atividade. Um dia ganhou uma porteira de madeira de fazenda e decidiu fazer uma nova peça com o material, o móvel só recebeu elogios e assim começou o novo trabalho.

A ideia foi pegar material de madeira velha de fazendas como porteiras, postes, cercas, e tudo que já não serve mais e fazer molduras para quadros. Nas telas, ele usa a técnica de fotografia texturizada. Qualquer imagem pode ser usada, ao gosto do freguês. As preferidas dele, pelo que se vê nos quadros, são imagens com temas bucólicos.

Mas, o grande diferencial mesmo é a moldura que pode ser de angico preto, jatobá, peroba rosa, a preferida dele e a campeã de vendas. “A peroba rosa é a que mais sai. O pessoal gosta muito das rusgas da madeira”, diz, mostrando as estrias que por si só já são um desenho na moldura.

Com o material na mãe, ele corta, dá uma lixada só para tirar qualquer farpa na madeira e faz as molduras. O ar rústico, de coisa da fazenda mesmo, agrada. A maioria dos clientes, conta, é gente do meio rural que paga de R$ 500 a R$ 3,5 mil por uma tela de Gilmar.

O preço ele diz que não é caro, já que a peça além de única é para a vida inteira.

Quem quiser conhecer mais sobre o trabalho de Gilmar ou encomendar uma peça ligue (67) 9215-6459.