Após gritos no auditório Mercadante recebe cartas e um dossiê contra a Reitoria da UFMS
Durante o depoimento de Aloísio Mercadante na audiência pública sobre ensino, realizada no final da tarde desta sexta-feira (04), um grupo de aproximadamente 20 alunos atrapalhou a fala do Ministro da Educação, e o tirou do sério. Os manifestantes gritaram frases de crítica ao Governo Federal, pela neutralidade quanto aos pedidos de saída da reitora […]
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Durante o depoimento de Aloísio Mercadante na audiência pública sobre ensino, realizada no final da tarde desta sexta-feira (04), um grupo de aproximadamente 20 alunos atrapalhou a fala do Ministro da Educação, e o tirou do sério. Os manifestantes gritaram frases de crítica ao Governo Federal, pela neutralidade quanto aos pedidos de saída da reitora Célia Maria Silva Correa Oliveira.
“Existe um princípio na constituição que garante a autonomia universitária. O MEC não pode impor mudanças para a universidade, existe a LDB (Lei de Diretrizes e Bases), e daí pra frente é com a própria universidade. É uma questão de argumento, quem tem pode discutir”, falou Mercadante inflamado pela interrupção quando explicava políticas de investimento do Ministério da Educação (MEC).
Mercadante foi atravessado pelos gritos quando explicava uma ampliação dos recursos direcionados pelo Ministério para o reforço escolar, que vai garantir a permanência dos alunos em mais três horas na sala de aula. O Governo Federal pretende colaborar de uma melhor forma no ensino público dos estudantes nas disciplinas Matemática, Português e Ciências. O MEC também irá oferecer outras 40 mil bolsas ao Programa ‘Quero ser Cientista’, em que alunos terão monitores para aprendizado em Física e Química.
Cartas e Dossiê
Ao término de sua participação no evento, Mercadante recebeu, de grupos distintos dos 30 alunos da UFMS presentes no local, duas cartas que pediam o afastamento da reitora pelo menos durante o período das investigações. Um dossiê com denúncias de corrupção e irregularidades, ligadas a Célia Maria Silva Correa Oliveira, também foi entregue pelo Sista-MS (Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino do Mato Grosso do Sul) juntamente com a vereadora Luiza Ribeiro.
“O Ministério da Educação não pode interferir em nenhuma Universidade Pública por um princípio constitucional de autonomia que existe para estas instituições. Após o término das investigações, se forem comprovadas as suspeitas é diferente e o Governo Federal deve atuar”, diz Mercadante sobre as reivindicações.
O dossiê fornecido ao ministro cita que a reitora da UFMS é atualmente investigada pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal, após os indícios levantados com a ‘Operação Sangue Frio’. O documento ainda reforça que a nomeação do ex-diretor do Hospital Universitário teria sido indicada pelo vice-reitor, João Ricardo Tognini, o que demonstraria uma relação da reitoria com a possível rede de corrupção. Durante as CPIs da Saúde realizadas na Assembléia Legislativa, e na Câmara dos Vereadores, Célia Maria Silva Correa Oliveira afirmou desconhecer as irregularidades.
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