Após falhas, goleiro do Palmeiras se redime e se destaca contra Santos e Tijuana

O goleiro Bruno sabe como ninguém que nada melhor do que um dia após o outro, ainda mais no futebol. Ele que foi execrado após a partida contra o Ituano, quando falhou em dois gols na derrota por 2 a 1, se destacou contra Santos e Tijuana e levantou uma questão que parecia ser resolvida: […]

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O goleiro Bruno sabe como ninguém que nada melhor do que um dia após o outro, ainda mais no futebol. Ele que foi execrado após a partida contra o Ituano, quando falhou em dois gols na derrota por 2 a 1, se destacou contra Santos e Tijuana e levantou uma questão que parecia ser resolvida: quem deve ser o goleiro titular do Palmeiras?

Fernando Prass deixou o time por causa de uma lesão na clavícula esquerda que o deixará longe da equipe por pelo menos mais 40 dias. Até lá, Bruno será o titular e poderá comprovar se realmente deu a volta por cima ou se tudo é apenas uma boa fase passageira.

Embora o técnico Gilson Kleina encha Bruno de elogios publicamente, ele ainda acredita que Fernando Prass passa mais segurança para ser o dono da posição. Afinal de contas, foi o treinador quem concordou com a contratação do ex-vascaíno no início do ano. Como ainda não poderá contar com o titular por um bom tempo, a ordem é dar o máximo de confiança para Bruno e evitar que a meta alviverde se torne um problema.

Bruno vive uma situação parecida com a de vários ex-goleiros do passado alviverde. Em 1987, Martorelli era o titular e teve de cumprir suspensão por uma expulsão. Em seu lugar entrou Zetti, que voltou ao banco na partida seguinte, mas seis jogos depois, assumiu a meta e não largou mais até 1988, quando quebrou a perna e abriu espaço para Velloso.

O antecessor de Marcos fez algumas partidas como titular, mas acabou sendo emprestado para o União São João e Santos. Voltou ao Palmeiras e foi titular de 1994 a 1998 até sofrer uma lesão e deixar o caminho livre para Marcos.

Desta vez, Fernando Prass se machucou e Bruno ganhou uma nova oportunidade. Alguns dos ex-goleiros que viveram essa sucessão do posto de titular da meta alviverde acreditam que a situação é parecida mas com uma diferença importante. “O Bruno já teve a sua oportunidade, foi campeão da Copa do Brasil e acabou perdendo espaço. Contra o Ituano, ele falhou e se redimiu contra Santos e Tijuana. O que falta ao Bruno é equilíbrio para se tornar um goleiro incontestável como foi o Marcos”, analisou Velloso. Já Zetti destaca a necessidade do time ter confiança no camisa 1. “É fundamental que o time confie no goleiro. Vamos ver se o Bruno consegue manter essa sequência”.

PRASS É O PREFERIDO – Por conta desta instabilidade, os ex-goleiros concordam com Gilson Kleina e acham que Fernando Prass ainda está à frente na disputa. “Hoje eu ainda acho que o Prass merece ser o titular, já que ele estava em uma boa sequência. O Bruno fez apenas dois bons jogos e se continuar bem, talvez valesse pensar na possibilidade. Mas ainda não”, disse Velloso.

Amigo de Bruno, Marcos se esquiva, mas comemora a volta da confiança ao companheiro. “Todo mundo criticava ele, mas essas partidas impressionantes ajudam a dar moral para ele”.

Zetti, que decidiu abandonar a carreira de treinador, contou que já viveu situações parecidas com a de Gilson Kleina. “É bom ter dois goleiros de qualidade. Quando passei por isso, escalei aquele que eu sentia que o elenco tinha mais confiança”.

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