Aos 20 anos e muito magra, anoréxica vira celebridade na Rússia

Aos 20 anos de idade, a russa Kseniya Bubenko é mais uma adolescente que sofre de anorexia. De acordo com o jornal russo English Russia, a jovem começou a fazer uma dieta chamada de “pobeda”, que significa vitória e, perdeu muito peso. Hoje, sua aparência física é assustadora. Por causa da magreza expressiva, ela começou […]

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Aos 20 anos de idade, a russa Kseniya Bubenko é mais uma adolescente que sofre de anorexia. De acordo com o jornal russo English Russia, a jovem começou a fazer uma dieta chamada de “pobeda”, que significa vitória e, perdeu muito peso. Hoje, sua aparência física é assustadora.

Por causa da magreza expressiva, ela começou a ganhar popularidade em seu país e virou espécie de celebridade. Participou inclusive de programas de auditório.

A anorexia é um distúrbio alimentar que se caracteriza como um emagrecimento exagerado, causado pela desnutrição e distorção da própria imagem corporal. Geralmente acomete meninas entre 14 anos de idade e 18 anos, de acordo com especialistas.

Segundo o endocrinologista da Unifesp João César de Castro Soares de cada 10 casos, 9 são de meninas e 1 de menino.

“Existem sites que fazem apologia à anorexia. Já internei uma menina de 12 anos, com anorexia, obcecada por emagrecer desde os nove anos e que aprendeu a maioria dos comportamentos que a levou à doença pela internet. É preciso cuidado e atenção.”

Para o psiquiatra Renato Mancini, do hospital São Luiz, em São Paulo, pessoas que sofrem de anorexia nervosa têm a necessidade de definir-se pela aparência, anulando outros fatores como personalidade, saúde e bem-estar.

“O que define essas pessoas é uma coleção de fotos no Instagram. A percepção de identidade corpórea delas fica muito complicada e quanto mais imagem, quanto mais magra, mais o medo de não ser aceita é aliviado. Isso acontece através de uma busca, como, por exemplo, da chama “barriga negativa”. O pensamento comum de quem sofre anorexia é o de que quanto mais peso perder, melhor será.”

Segundo Mancini, o risco de morte é grande e tanto pode acontecer pela desnutrição como por complicações clínicas.

Segundo especialistas, o paciente que sofre de anorexia começa a ficar debilitado e a chance de morte é grande quando o peso está muito mais abaixo do que o normal.

“Ficam com a saúde tão frágil quanto a de um idoso. O corpo fragilizado não funciona direito e está suscetível a muitas doenças.”

O tratamento de distúrbios alimentares como a anorexia é multidisciplinar. Psiquiatras, nutricionistas, endocrinologistas e terapeutas dão o suporte adequado para diminuir os quadros associados à doença: depressão, distorção da imagem e desnutrição.

Mas como identificar? Comum em mulheres, o médico explica que, atitudes como esconder o emagrecimento, tomar laxantes e induzir o vômito após a refeição são alguns sintomas da doença.

“É uma escolha da paciente. Ela esconde que está emagrecendo, coloca duas calças, duas blusas. Come na rua, não janta com os pais, recusa convites para comer fora, e quando sai, ingere muita bebida alcoólica e tem um quadro depressivo paralelo a todos esses sintomas.”

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