Ambulantes protestam contra proibição de venda perto da praça Ary Coelho

Uma notificação da prefeitura, dizendo que os pipoqueiros e outros vendedores ambulantes que trabalham nas proximidades ou até mesmo do lado de fora da Praça Ary Coelho, região central de Campo Grande, estariam proibidos de ficar no local durante o dia, pegou muitos trabalhadores de surpresa. E, caso descumpram a ordem, eles terão os ‘carrinhos’ […]

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Uma notificação da prefeitura, dizendo que os pipoqueiros e outros vendedores ambulantes que trabalham nas proximidades ou até mesmo do lado de fora da Praça Ary Coelho, região central de Campo Grande, estariam proibidos de ficar no local durante o dia, pegou muitos trabalhadores de surpresa. E, caso descumpram a ordem, eles terão os ‘carrinhos’ apreendidos.

“Eles nos mandaram retirar de imediato o carrinho, sendo que a promessa foi de nos deixar trabalhar quando a praça ficasse pronta. Eu vendo pipoca há 28 anos, sendo que há 12 estou nesse ponto, na esquina da rua 14 de Julho com a 15 de Novembro. São R$ 800, é meu sustento e da família. E, durante a noite, vamos vender pipoca pra quem?”, argumenta ao Midiamax Francisco do Carmo.

Há sete anos próxima da praça, a pipoqueira Ednalva Medeiros Acunha, 41 anos, fala que a recebeu com muita tristeza. “Fiquei espantada. Tenho três filhos, só sei fazer isso”, lamenta. A colega Terezinha Ferreira, 60 anos, também disse a mesma coisa. “Fiquei muito chateada. A venda já tinha caído muito e agora com essa notícia, nem sei o que vou fazer. Outra coisa complicada é que as crianças tem que ficar o tempo todo atravessando para comprar e o trânsito é complicado”, diz.

Questionado sobre o fato, o vendedor Ildefonso Silva Neto, 60 anos, diz que concorda com a notificação, principalmente porque observou que esta é a primeira vez que a praça está limpa. “Aqui já foi cemitério, zoológico e pela primeira vez podemos dizer que temos uma praça. os pombos, que transmitem inúmeras doenças, saíram daqui e até as crianças pararam de dar pipoca a eles. Como um cartão postal da cidade ia viver cheio de sujeira?”, questiona o vendedor.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da prefeitura e aguarda uma resposta sobre a situação dos vendedores ambulantes.

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