Agência antidoping prepara ida à Jamaica após criticar obstrução

A Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) vai visitar a Jamaica na semana que vem, após criticar a relutância do país em aceitar uma inspeção neste ano. Herb Elliott, diretor da Comissão Antidoping Jamaicana, disse à Reuters na terça-feira que houve um acordo com a Wada para que três inspetores façam uma visita […]

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A Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) vai visitar a Jamaica na semana que vem, após criticar a relutância do país em aceitar uma inspeção neste ano.

Herb Elliott, diretor da Comissão Antidoping Jamaicana, disse à Reuters na terça-feira que houve um acordo com a Wada para que três inspetores façam uma visita ao país na segunda e terça-feira da semana que vem.

Ele não identificou os funcionários que farão a auditoria no programa antidoping da ilha caribenha.

Os jamaicanos dominam nos últimos anos as provas de velocidade do atletismo, mas vários corredores do país tiveram resultados positivos em exames antidoping em 2013. Entre eles estão Asafa Powell, ex-recordista mundial dos 100 metros rasos, Veronica Campbell-Brown, bicampeã olímpica dos 200 metros, e Sherone Simpson, medalhista de prata no 4x100m em Londres-2012. Todos foram excluídos da delegação jamaicana que participou em agosto do Mundial de Atletismo.

Campbell-Brown também foi recriminada posteriormente por ter tido resultado positivo para o uso do diurético proibido hidroclorotiazida, mas não chegou a ser banida do esporte. A Wada considera que esse diurético pode ser usado para mascarar outras substâncias.

Fontes ligadas ao atletismo jamaicano disseram à Reuters na época que a hidroclorotiazida era um ingrediente em uma pomada que a atleta usou para tratar de uma lesão na perna, e que ela havia declarado isso em seu formulário de controle de doping.

A credibilidade da fiscalização antidoping na Jamaica foi ainda mais questionada por Renee Anne Shirley, ex-dirigente da agência antidoping nacional, que disse em agosto à revista Sports Illustrated que as autoridades haviam realizado apenas um exame fora de competição entre fevereiro de 2012 e o início da Olimpíada de Londres, em julho do ano passado.

Em entrevista publicada na terça-feira por um jornal britânico, John Fahey, presidente da Wada, havia manifestado insatisfação com as autoridades jamaicanas por obstruírem a visita dos inspetores.

Fahey insinuou na entrevista que a Wada investigaria “várias opções”, o que incluiria declarar que a Jamaica estava violando o código da Wada, abrindo caminho para que entidades desportivas globais como o Comitê Olímpico Internacional (COI) impusessem sanções.

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